Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/102415
Title: Tratamento do Seminoma de Estadio I: Experiência de um Centro de Referência Nacional
Other Titles: Treatment of Stage I Seminoma: Experience of a National Reference Centre
Authors: Henriques, Diogo de Abreu
Orientador: Parada, Belmiro Ataíde Costa
Quaresma, Vasco Pedro Duarte
Keywords: Seminoma estadio I; Vigilância ativa; Carboplatina adjuvante; Radioterapia adjuvante; Seminoma stage I; Active surveillance; Adjuvant carboplatin; Adjuvant radiotherapy
Issue Date: 7-Jun-2022
Serial title, monograph or event: Tratamento do Seminoma de Estadio I: Experiência de um Centro de Referência Nacional
Place of publication or event: Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
Abstract: Introdução: O tratamento de eleição de doentes com seminomas de estadio I foi, ao longo de várias décadas, orquidectomia radical seguida de radioterapia adjuvante. Apesar de altas taxas de cura, surgiram novas modalidades terapêuticas igualmente eficazes e associadas a menor toxicidade, nomeadamente a vigilância ativa e a quimioterapia adjuvante com carboplatina. O presente estudo teve como objetivo a análise comparativa das diferentes modalidades de tratamento adjuvante do seminoma de estadio I. Métodos: Estudo retrospetivo que incluiu 55 doentes com seminoma de estadio I seguidos no Serviço de Urologia e Transplantação Renal do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra entre 2007 e 2020. Vinte e cinco doentes foram incluídos em protocolo de vigilância ativa, enquanto 22 foram submetidos a quimioterapia adjuvante com carboplatina e 8 com radioterapia adjuvante. Foram analisados os resultados de sobrevivência global e sobrevivência livre de progressão das diferentes modalidades, assim como os seus efeitos adversos e foram identificados preditores de recidiva nos doentes em vigilância ativa. Resultados: O tempo mediano de seguimento foi de 91 meses (mínimo 13 e máximo 165 meses), sendo que 98% dos doentes foram seguidos por mais de 2 anos. A sobrevivência global aos 10 anos foi de 98,2%, com uma sobrevivência global média de 162 meses (IC 95%, de 157 a 167 meses). A sobrevivência livre de progressão aos 10 anos foi de 89%, registando-se 5 recidivas. A sobrevivência livre de progressão média foi de 153, 113 e 148 meses para a vigilância ativa, quimioterapia adjuvante com carboplatina e radioterapia adjuvante, respetivamente. A diferença de sobrevivência entre os grupos avaliados não foi estatisticamente significativa (p > 0.05). Globalmente, 43% dos doentes que foram submetidos a tratamento adjuvante reportaram efeitos adversos da terapêutica, sendo que 63% destes foram tratados com radioterapia. A β-HCG pré-operatória, pT > 1, invasão da rete testis e tamanho tumoral > 4cm não foram preditores de recidiva nos doentes em vigilância ativa (Pearson X2; p > 0.05). Discussão/Conclusão: Os doentes com seminoma de estadio I têm excelente prognóstico, altas taxas de cura e baixa morbilidade associada ao tratamento. A vigilância ativa é uma modalidade segura, com resultados sobreponíveis às restantes modalidades, quando aplicada em doentes selecionados. A radioterapia adjuvante e a quimioterapia adjuvante com carboplatina apresentam resultados semelhantes, tendo-se verificado menores efeitos adversos nos doentes que foram submetidos a quimioterapia.
Introduction: The treatment of choice for patients with stage I seminomas was, for several decades, radical orchidectomy followed by adjuvant radiotherapy. Despite high cure rates, new therapeutic modalities have emerged that are equally effective and associated with lower toxicity, namely active surveillance and adjuvant chemotherapy with carboplatin. The present study aimed at a comparative analysis of the different modalities of adjuvant treatment regarding stage I seminoma. Methods: Retrospective study that included 55 patients with stage I seminoma followed at Coimbra’s University Hospital - Urology and Renal Transplant Department between 2007 and 2020. Twenty-five patients were included in an active surveillance protocol, while 22 were submitted to adjuvant chemotherapy with carboplatin and 8 underwent adjuvant radiotherapy. Overall survival and progression-free survival outcomes of the different modalities were analysed as well as their adverse effects, and predictors of recurrence were identified in patients on active surveillance. Results: The median follow-up time was 91 months (range 13 – 165 months), with 98% of patients being followed for more than 2 years. Overall survival at 10 years was 98,2%, with a median overall survival of 162 months (95% CI, 157 to 167 months). Progression-free survival at 10 years was 89%, with 5 relapses. Median progression-free survival was 153, 113, and 148 months for active surveillance, adjuvant chemotherapy with carboplatin and adjuvant radiotherapy, respectively. The difference in survival between the groups evaluated was not statistically significant (p > 0.05). Overall, 43% of patients who underwent adjuvant treatment reported adverse effects of therapy, with 63% of these being treated with radiotherapy. Preoperative β-HCG, pT > 1, rete testis invasion, and tumour size > 4cm were not predictors of recurrence in patients on active surveillance (Pearson X2; p > 0.05). Discussion/Conclusion: Patients with stage I seminoma have an excellent prognosis, high cure rates, and low treatment-associated morbidity. Active surveillance is a safe modality, with results comparable to other modalities, when applied to selected patients. Adjuvant radiotherapy and adjuvant chemotherapy with carboplatin show similar results, with fewer adverse effects in patients who underwent chemotherapy.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/102415
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado

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