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https://hdl.handle.net/10316/100358
Título: | Um coelhinho na garganta: os limites do fantástico e a poética do absurdo na narrativa curta | Autor: | Mendonça, Bruno Macêdo | Orientador: | Robalo Cordeiro, Cristina | Palavras-chave: | Literatura comparada; Teoria dos gêneros; Narrativa curta; Categorias da narrativa; Modo literário; Fantástico; Absurdo | Data: | 28-Abr-2022 | Local de edição ou do evento: | Coimbra | Resumo: | Esta tese pretende, a partir de um estudo comparativo realizado entre dois conjuntos de narrativas curtas, traçar distinções entre, por um lado, o fantástico e, por outro, o que se achou por bem denominar de absurdo. O primeiro, objeto de incontáveis trabalhos acadêmicos, teses e obras antológicas, constitui um dos tópicos mais consagrados da teoria da literatura e da teoria dos gêneros literários. Do segundo não se pode dizer o mesmo. Até o momento, a literatura especializada não o enxergou como categoria própria, desconsiderando as flagrantes semelhanças existentes entre seus relatos individuais. Adentra-se o debate acerca da natureza desses dois conjuntos, traçando distinções necessárias entre modos de enunciação do discurso, gêneros, subgêneros e modos. Justifica-se a escolha desta última noção como a mais apropriada para compreender os mencionados conjuntos de textos. Com relação ao corpus absurdo, a teoria fantástica se mostra inadequada para explicar essas narrativas estranhas e até o momento inclassificáveis, ainda que por vezes intente enquadrá-las em sua própria classificação, chamando-as inapropriadamente de fantásticas. Revisita-se a teoria fantástica com a releitura crítica de autores consagrados do modo. Com apoio em suas construções teóricas e nos utilizando de categorias da narrativa (espaço, personagem, ação e enredo), bem como de outras noções propostas como critérios de comparação (natureza do evento insólito e efeitos almejados pelo modo), ilustra-se quais são as estratégias utilizadas nos textos fantásticos para, em seguida, com base nas mesmas noções e nos mesmos conceitos, se explicar como funcionam no modelo absurdo. Sustenta-se que não só os dois modos são distintos em seus aspectos formais, como estariam vinculados a tradições literárias historicamente diversas. Defende-se, em síntese, a autonomia do modo absurdo em relação ao modo fantástico, com análises tendentes a delinear com maior precisão os contornos da categoria inexplorada, promovendo indagações teóricas que possam desaguar numa melhor compreensão de sua estética e dos sentidos que emergem da interpretação dos seus textos mais representativos. Associa-se, por fim, o absurdo à literatura cômica e se tenta lançar luz sobre seus eventuais antepassados literários, sugerindo-se uma aproximação da análise desenvolvida com as lições do teórico Mikhail Bakhtin relacionadas a sua “cosmovisão carnavalesca”. | Descrição: | Tese de Doutoramento em Línguas Modernas: Culturas, Literaturas e Tradução apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra. | URI: | https://hdl.handle.net/10316/100358 | Direitos: | openAccess |
Aparece nas coleções: | UC - Teses de Doutoramento FLUC Secção de Português - Teses de Doutoramento |
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