Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/87607
Título: Composição corporal e desempenho em protocolos ergométricos de curta e média duração: estudo em atletas masculinos de desportos de combate
Autor: Silva, Miguel Alexandre Guerreiro Leitão da
Orientador: Coelho-e-Silva, Manuel
Valente-dos-Santos, João
Palavras-chave: Desportos de combate; morfologia; composição corporal; tecido ósseo; vias metabólicas; aeróbio; anaeróbio; limiares ventilatórios; alometria; modelos alométricos
Data: 9-Jul-2019
Resumo: A popularidade e mediatização dos desportos de luta tem originado fortes mudanças ao nível da dimensão científica do treino e da convivência interdisciplinar. A presente tese foca-se na caracterização multidimensional de atletas de desportos de combate, nomeadamente a nível morfológico, composição corporal e vias metabólicas. Sete são as disciplinas estudadas, das quais quatro são olímpicas (Boxe, Taekwondo, Lutas Amadoras, Judo). A amostra foi de 59 atletas que nem sempre foram considerados na sua totalidade. Para os estudos 1 e 2 fez-se uma divisão em dois grandes grupos, designados por “Percussão” (Boxe, Kickboxing, Karaté, Taekwondo), e “Preensão” (Judo, Jiu-jitsu Brasileiro e Lutas Amadoras). O critério para a divisão foi o gesto técnico de base das modalidades. No primeiro grupo as ações baseiam-se na aplicação de golpes contundentes, utilizando os membros superiores e inferiores para atingir o adversário, marcando assim mais pontos, provocando a sua desistência ou o knockout. Já o segundo, os golpes não são permitidos e as ações são de puxar, derrubar, imobilizar, tendo como objetivo marcar mais pontos que o oponente, provocar a sua imobilização ou desistência por submissão. A tese é dividida em três estudos distintos que se projetam numa sequência lógica. O objetivo do estudo 1 circunscreve-se à caracterização morfológica e à comparação destes dois grupos distintos de modalidades de combate (percussão: n=31; preensão: n=24), utilizando metodologias concorrentes de avaliação da composição corporal. Assim os sujeitos foram submetidos a avaliações multimodais, onde se pode observar as variações dos valores médios obtidos na avaliação pelas diferentes metodologias. Foi utilizada a bioimpedância, onde foi possível aceder à água corporal total, intracelular e extracelular; a pletismografia de ar deslocado, obtendo assim os resultados do volume corporal; por fim a absorciometria de raios-X de dupla energia (DXA), a qual forneceu os valores do conteúdo mineral ósseo total e por regiões. No segundo estudo, caracterizou-se e comparou-se o perfil metabólico dos atletas destas modalidades, onde se faz igualmente a divisão entre percussão (n=20 e n=31, VO2max e Wingate, respetivamente) e preensão (n=24). Para avaliar o consumo máximo de oxigénio (VO2max) foi utilizado um teste de corrida incremental por patamares de um minuto, numa passadeira monitorizada, em que o primeiro patamar se inicia a uma velocidade de 8km.h-1, com incrementos subsequentes de 1km.h-1 a cada minuto, mantendo durante todo o teste, a inclinação inicial de 2% até à exaustão. Já para a avaliação do pico de potência (W; W.kg-1) e potência média (W; W.kg-1), foi usado o teste de Wingate de 30 segundos para os membros inferiores, com recurso a um cicloergómetro monitorizado. Para concluir, o estudo 3 (n=59) teve como objetivo examinar a variabilidade interindividual do VO2max, usando técnicas de alometria para explorar o efeito de descritores de tamanho de corpo inteiro e apendiculares concorrentes na totalidade da amostra (n=59). A partir dos resultados dos três estudos, retiram-se as seguintes conclusões principais: (i) níveis reduzidos de massa gorda como característica transversal nas modalidades de combate; (ii) níveis de densidade mineral óssea elevados, quando comparados com a população em geral, sendo que as modalidades de preensão, quiçá devido à sua componente de quedas, apresentam valores ligeiramente superiores no trem superior, comparativamente às modalidades de percussão; (iii) contributo essencial da via aeróbia, tanto na recuperação entre rounds, como na recuperação entre lutas, sendo que não existem diferenças nos parâmetros ventilatórios (VO2max e respetivos limiares) entre os dois grupos de modalidades; (iv) contributo essencial da via anaeróbia, essencial nas ações decisivas nos combates, sejam elas nas sequências explosivas de golpes ou projeções que podem ditar o fim da luta ou ao aguentar as investidas e contra-atacar de forma vigorosa. Aqui também a tendência se manteve, não existindo diferenças nos resultados do teste de Wingate, quer ao nível do pico de potência ou da potência média; (v) a massa dos membros inferiores produziu os coeficientes alométricos mais pronunciados e combinada com a massa isenta de gordura produziu a solução multiplicativa mais eficaz para explicar o VO2max em atletas de desportos de combate. Já os modelos alométricos simples mostraram que a massa isenta de gordura foi o fator mais explicativo para o VO2max.
Descrição: Tese de Doutoramento em Ciências do Desporto, no ramo de Treino Desportivo, apresentada à Faculdade de Ciências do Desporto e Educação Física
URI: https://hdl.handle.net/10316/87607
Direitos: openAccess
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