Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/87360
Title: As múltiplas vidas de Batepá: memórias de um massacre colonial em São Tomé e Príncipe (1953-2018)
Other Titles: The multiple lives of Batepá: memories of a colonial massacre in São Tomé and Príncipe (1953-2018)
Las múltiples vidas de Batepá: memorias de una masacre colonial en Santo Tomé y Príncipe (1953-2018)
Authors: Rodrigues, Inês Nascimento 
Keywords: Massacre de Batepá; Dias comemorativos; Memória; São Tomé e Príncipe; Batepá Massacre; Commemorative days; Memory; São Tomé and Príncipe; Masacre de Batepá; Días conmemorativos; Memoria; Santo Tomé y Príncipe
Issue Date: 2019
Publisher: ediPUCRS
Project: info:eu-repo/grantAgreement/EC/H2020/715593/EU 
info:eu-repo/grantAgreement/FCT/SFRH/SFRH/BD/81653/2011/PT 
metadata.degois.publication.title: Estudos Ibero-Americanos
metadata.degois.publication.volume: 45
metadata.degois.publication.issue: 2
metadata.degois.publication.location: Porto Alegre
Abstract: Os feriados públicos são momentos-chave na biografia de uma nação. Nesse contexto, o dia 3 de fevereiro reveste-se de uma importância particular no calendário festivo de São Tomé e Príncipe, pois refere-se ao Massacre de Batepá, tido como o episódio mais doloroso de sua história e que, simultaneamente, celebra o momento fundador do nacionalismo são-tomense. Partindo desse pressuposto, o que pretendo demonstrar, através de distintos momentos no tempo e, portanto, diferentes contextos sociopolíticos, é que o dia 3 de fevereiro é, por um lado, uma data que serve para legitimar o estado-nação e que dá origem a uma narrativa dominante e, por outro, um feriado que, paralelamente, também proporciona espaços discursivos, simbólicos e políticos de articulação de memórias não dominantes desse passado. O que aqui procurarei demonstrar é que por mais que as políticas de memória de um evento histórico sejam instituídas e ritualizadas pelo Estado e deixem lastro ao longo de décadas e através de gerações, existe uma pluralidade de processos mnemônicos, sociais e políticos em movimento na interpretação e discussão desse passado. De fato, através das múltiplas vidas de Batepá, estão constantemente a emergir outras memórias e negociações simbólicas mediante as quais os são-tomenses têm procurado inscrever o seu lugar nesta história.
Public holidays represent key moments in the biography of a nation. In this regard, the 3rd of February enjoys a particular status in the festive calendar of São Tomé and Príncipe, as it evokes the Batepá Massacre, held as the ultimate incident of violence in the islands and registered as the founding event of the Santomean nationalism. Deriving out from this framework, my aim is to show, through distinctive moments in time, and thus, different sociopolitical contexts, that the 3rd of February is, on the one hand, a date that serves to legitimate the nation-state and that gives rise to a dominant national narrative; and, on the other hand, a public holiday that, at the same time, provides emergent discursive, symbolic and political spaces where to articulate non-dominant memories of this episode. What I hereby try to demonstrate is that although there are politics of memory ritualized and imposed by the State pertaining this historical episode and that naturally leave echoes along decades and across generations, there are a plurality of mnemonic, social and political processes in motion in the interpretation and discussion of this past. In fact, through the multiple lives of Batepá, different narrations and symbolic dimensions have been emerging by means of which the Santomean have been trying to inscribe themselves in this history.
Los feriados públicos conmemoran momentos claves en la biografía de una nación. En este sentido, el 3 de febrero tiene una importancia particular en el calendario festivo de Santo Tomé y Príncipe. La fecha rememora la “Masacre de Batepá”, hito que es representado como el episodio más doloroso de la historia del país y simultáneamente celebrado como un momento fundador del nacionalismo santomense. A partir de este presupuesto, pretendo demostrar, a través de distintos momentos en el tiempo y, por lo tanto, contextos sociopolíticos diversos, que el día 3 de febrero es, por un lado, una fecha que sirve para legitimar el estado-nación al dar origen a una narrativa dominante; y por el otro, un feriado que, paralelamente, proporciona espacios discursivos, simbólicos y políticos donde pueden articularse memorias no dominantes sobre ese mismo pasado. Intento asimismo demostrar que, por más que las políticas de memoria de un evento histórico sean instituidas y ritualizadas por el estado, existe una pluralidad de procesos mnemónicos, sociales y políticos en constante movimiento que permiten la reinterpretación y discusión de este pasado. De hecho, a través de las múltiples vidas de Batepá, otras memorias y negociaciones simbólicas han emergido, mediante las cuales los santomenses han intentado inscribir su lugar en esta historia.
URI: https://hdl.handle.net/10316/87360
ISSN: 1980-864X
0101-4064
DOI: 10.15448/1980-864X.2019.2.32441
Rights: openAccess
Appears in Collections:I&D CES - Artigos em Revistas Internacionais

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