A pintura proto-barroca em Portugal :1612-1657

Abstract

A tese A Pintura Proto-Barroca em Portugal, 1612-1657 pretende comprovar a modernidade da actividade pictural realizada entre nós durante a primeira metade do século XVII, quer em termos de reafirmação da «liberalidade» estatutária, quer em termos de superação do anacronismo tardomaneirista. Pintores da nova «geração» como André Reinoso, Domingos da Cunha, José de Avelar Rebelo e Baltazar Gomes Figueira impõem, na área da pintura religiosa, e nos «gérelos» do Retrato, da Paisagem e da Natureza-morta, novas e actualizadas linhas de pesquisa pictórica, que anunciam a abertura aos cânones do naturalismo-tenebrismo italianizante de derivação «caravagesca», com sinais de evidenciadíssima qualidade, que a análise empreendida procura estabelecer. Um «corpus» com a biografia, as obras e o estudo de personalidade de quarenta e oito pintores deste «tempo» completa, como eficaz contra-prova, a linha de reflexão empreendida, mostrando bem que Portugal, mesmo sob a dominação castelhana, ou nos anos conturbados da Restauração, soube renovar-se no campo pictural em percursos sui generis de afirmação plástica e ideológica.