Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/633
Title: O Estado Novo e o volfrâmio (1933-1947) : projectos de sociedade e opções geoestratégicas em contextos de recessão e de guerra económica
Authors: Nunes, João Paulo Cabral de Almeida Avelãs 
Orientador: Mendes, José Amado
Rosas, Fernando
Keywords: História económica -- Portugal -- 1933-1947; Volfrâmio -- Portugal -- 1933-1947
Issue Date: 9-Jan-2006
Citation: NUNES, João Paulo Avelãs - O Estado Novo e o volfrâmio (1933-1947) : projectos de sociedade e opçães geoestratégicas em contextos de recessão e de guerra económica. Coimbra, 2005.
Abstract: Procuramos analisar neste trabalho as características do universo português do volfrâmio nas décadas de trinta e quarenta do século XX. Tratando-se de um subsector mineiro, observamos a postura dos diversos grupos socioprofissionais directamente envolvidos: empresários nacionais e estrangeiros, "quadros técnicos" e funcionários, chefias intermédias e operários, "apanhistas" e "pilha", negociantes e "contrabandistas". Abordamos a evolução de vertentes como os métodos organizativos e as soluções tecnológicas, as condições de higiene e segurança no trabalho, os acidentes e doenças profissionais, a poluição e outros conflitos com a ruralidade envolvente. Referimos, de modo sumário, as etapas anteriores ao eclodir da "Crise de 1929". Identificamos, com mais detalhe, as fases de recessão e crescimento, euforia especulativa, interrupção da actividade e crescimento relativamente estável que se sucederam até ao imediato pós-Segunda Guerra Mundial. Consideramos as minas legalizadas (concessões de grande, média ou pequena dimensão) e as "explorações informais", as "separadoras" localizadas fora de áreas de extracção, os sistemas de transporte e os circuitos de exportação, as estruturas de "apoio e enquadramento social". Tentamos reconstituir a postura assumida pelo Estado Novo luso face ao universo delimitado, quer no plano nacional ("fomento industrial", "previdência social", "proteccionismo económico"), quer em termos regionais e locais (colaboração ou rivalidade perante os "interesses da lavoura"). Verificamos os baixos níveis de "enquadramento oficial" de que foi alvo o subsector do tungsténio — ausência de Grémio Patronal, Sindicato Nacional e "tutela corporativa" —, em grande parte devido ao facto de ser dominado por sociedades mineiras estrangeiras e de se tratar de matérias-primas para exportação. No período de 1939 a 1945, as exigências da "guerra económica" ampliaram drasticamente o valor estratégico dos concentrados peninsulares de volfrâmio, relevantes para os Aliados e essenciais para o Terceiro Reich. A "batalha do tungsténio" influenciou a gestão do estatuto de neutralidade pelo Governo de António de Oliveira Salazar, contribuiu para a obtenção de saldos positivos das balanças comercial e de pagamentos, acarretou o envolvimento nos dossiers "ouro nazi" e "bens germânicos" em Portugal após a rendição da "Grande Alemanha" nacional-socialista.
Description: Tese de doutoramento em Letras, área de História (História Contemporânea), apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/633
Rights: embargoedAccess
Appears in Collections:FLUC Secção de História - Teses de Doutoramento

Show full item record

Page view(s) 20

767
checked on Mar 26, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.