Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/624
Title: Os lugares e a saúde : uma abordagem da geografia às variações em saúde na Área Metropolitana de Lisboa
Other Titles: Places and health : a geographical approach to health variations in Lisbon Metropolitan Area
Authors: Nogueira, Helena Guilhermina da Silva Marques 
Orientador: Rodrigues, Ana Paula Santana
Keywords: Geografia; Geografia da saúde; Área Metropolitana de Lisboa; Saúde pública -- Área Metropolitana de Lisboa; Urbanismo -- Área Metropolitana de Lisboa
Issue Date: 24-Apr-2007
Citation: NOGUEIRA, Helena Guilhermina da Silva Marques - Os lugares e a saúde : uma abordagem da geografia às variações em saúde na Área Metropolitana de Lisboa. Coimbra, 2006.
Abstract: Este estudo, que tem como objectivo conhecer a forma como diferentes factores influenciam a saúde da população residente na Área Metropolitana de Lisboa (AML), coloca a ênfase no impacte dos factores ambientais, físicos e imateriais, enquanto determinantes da saúde. Sendo o contexto multidimensional, teorizaram-se as múltiplas dimensões do ambiente sociomaterial local, insistindo sobretudo nos aspectos que fazem a diferença entre os lugares. Avaliadas as dimensões ambientais, procurou-se modelar e explicar a sua influência na saúde individual, recorrendo-se a diferentes metodologias de análise estatística multivariada. Os resultados obtidos comprovam a tese colocada: na AML há uma forte relação entre saúde e lugar. Essa relação, que se verifica para diferentes características contextuais, permanece quando são controladas características individuais tidas como determinantes maiores da saúde. O quadro das variações em saúde não se apresenta linear; mais do que um efeito universal do lugar na saúde, parece haver efeitos muito específicos do lugar na saúde, que afectam de forma distinta diferentes grupos populacionais. A acessibilidade ao transporte público, a disponibilidade de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), o capital social e a privação material têm um impacte significativo no estado de saúde auto-avaliado. Melhores acessibilidades, maior disponibilidade de MCDT, níveis elevados de capital social e baixos níveis de privação material, melhoram o estado de saúde individual. Uma análise mais específica sugere que a saúde das mulheres é influenciável sobretudo pela qualidade dos alojamentos e pela disponibilidade de equipamentos de apoio social e familiar; por seu lado, os homens mostram-se mais sensíveis ao capital social e à disponibilidade de um conjunto diversificado de recursos locais. Face aos resultados obtidos, acredita-se que este estudo contribua para preencher um vazio teórico e metodológico existente nesta área de investigação, promovendo o conhecimento (ainda tão incipiente) desta problemática em Portugal.
Este estudo, que tem como objectivo conhecer a forma como diferentes factores influenciam a saúde da população residente na Área Metropolitana de Lisboa (AML), coloca a ênfase no impacte dos factores ambientais, físicos e imateriais, enquanto determinantes da saúde. Sendo o contexto multidimensional, teorizaram-se as múltiplas dimensões do ambiente sociomaterial local, insistindo sobretudo nos aspectos que fazem a diferença entre os lugares. Avaliadas as dimensões ambientais, procurou-se modelar e explicar a sua influência na saúde individual, recorrendo-se a diferentes metodologias de análise estatística multivariada. Os resultados obtidos comprovam a tese colocada: na AML há uma forte relação entre saúde e lugar. Essa relação, que se verifica para diferentes características contextuais, permanece quando são controladas características individuais tidas como determinantes maiores da saúde. O quadro das variações em saúde não se apresenta linear; mais do que um efeito universal do lugar na saúde, parece haver efeitos muito específicos do lugar na saúde, que afectam de forma distinta diferentes grupos populacionais. A acessibilidade ao transporte público, a disponibilidade de Meios Complementares de Diagnóstico e Terapêutica (MCDT), o capital social e a privação material têm um impacte significativo no estado de saúde auto-avaliado. Melhores acessibilidades, maior disponibilidade de MCDT, níveis elevados de capital social e baixos níveis de privação material, melhoram o estado de saúde individual. Uma análise mais específica sugere que a saúde das mulheres é influenciável sobretudo pela qualidade dos alojamentos e pela disponibilidade de equipamentos de apoio social e familiar; por seu lado, os homens mostram-se mais sensíveis ao capital social e à disponibilidade de um conjunto diversificado de recursos locais. Face aos resultados obtidos, acredita-se que este estudo contribua para preencher um vazio teórico e metodológico existente nesta área de investigação, promovendo o conhecimento (ainda tão incipiente) desta problemática em Portugal.
This study, that intends to know how different factors can influence the health of the people living in Lisbon Metropolitan Area (LMA), give special importance to environmental, physical and immaterial factors and their impact, as being determinants of health. Since context is multidimensional, this research started by theorizing the multiple dimensions of local sociomaterial environment, insisting mainly on the features that make the difference among places. After measuring environmental dimensions, we’ve tried to shape and explain their influence on individual health, using different multivaried statistic analysis. The several results we’ve got confirm the thesis presented: in LMA there is a strong relationship between health and place. This relationship, found out in different contextual features, remains unchangeable, when some of the individual features, considered as major determinants of health, are controlled. The picture of variations in health isn’t a linear one; more than a universal effect of place on health, it seems there are some very specific effects of place on health, which affect different population groups, in a distinct way. The accessibility to public transport, the offer of preventive health services, the social capital and material deprivation have a significant impact on metropolitan population’s self-rated health. Better accessibilities, a larger availability of preventive health services, high levels of social capital and low levels of material deprivation, improve individual health status. A more specific analysis suggests that health in women is mainly conditioned by housing quality and the availability of equipments of social and family support; on the other hand, men are more sensitive to social capital and the availability of a varied set of local resources. Before the results achieved, we believe this study may help filling up a theoretical, methodological gap existing in this field of research, by supporting the knowledge (so incipient, so far) of this question in Portugal.
Description: Tese de doutoramento em Letras, área de Geografia (Geografia) apresentada à Fac. de Letras de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/624
Rights: openAccess
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