Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/40811
Title: A cegueira em Moçambique: a sul de um sentido
Other Titles: Blindness in Mozambique: South of a sense
La cécité au Mozambique: le Sud d’un sentimento
Authors: Martins, Bruno Sena 
Keywords: Moçambique; Cegueira; Deficiência; Sul
Issue Date: 2013
Publisher: CICS
Serial title, monograph or event: Configurações
Issue: 12
Place of publication or event: Braga
Abstract: Viajando a sul, ao encontro da realidade das pessoas cegas em Moçambique, o autor analisa as implicações de uma conceção de cegueira intimamente ligada às dinâmicas socioespirituais. O presente artigo fala-nos de um quadro cultural em que, no limite, “não há cegueira sem feitiço”. A partir de uma incursão etnográfica entre as “vidas da cegueira”, o autor faz emergir um corpo múltiplo que põe no lugar o “feitiço” através do qual a modernidade ocidental inventou a noção de deficiência. Trata-se de um percurso que procura pôr a cegueira no contexto de resistências situadas: corpos e histórias que reclamam por culturas menos certas dos seus sentidos.
Travelling south to find the reality of blind people in Mozambique the author analyses the implications of a conception of blindness closely linked with socio-spiritual dynamics. This paper tells us about a cultural framework in which, ultimately, “there is no blindness without witchcraft”. Based on an ethnographic foray into the “lives of blindness”, the author brings to light a multi-faceted corpus that puts in place the “witchcraft” through which Western modernity invented the notion of disability. It is a path that attempts to put blindness in the context of installed resistance: corpora and histories that demand cultures less certain of their senses.
Voyageant vers le Sud pour connaître la réalité des personnes aveugles au Mozambique, l’auteur examine les implications d’une conception de la cécité étroitement liée à la dynamique socio-spirituelle. Cet article nous parle d’un cadre culturel dans lequel, à la fin, «il n’y a pas de cécité sans sorcellerie». À partir d’une inclusion ethnographique parmi les « vies de la cécité » l’auteur fait émerger un corps multiple qui défi nit la sorcellerie grâce à laquelle la modernité occidentale a inventé le concept de l’incapacité. C’est un voyage qui essaie de situer la cécité dans le contexte de résistances localisées: organismes et histoires qui revendiquent des cultures moins certaines de leurs propres sens.
URI: https://hdl.handle.net/10316/40811
ISSN: 1646-5075
2182-7419
DOI: 10.4000/configuracoes.2003
10.4000/configuracoes.2003
Rights: openAccess
Appears in Collections:I&D CES - Artigos em Revistas Nacionais

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