Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/36235
Title: Da “ponte sobre águas turbulentas” à reinvenção do “homem lento”: reflexões sobre assimetrias de saber e desastres
Authors: Portella, Sergio Luiz Dias 
Oliveira, Simone Santos 
Valencio, Norma 
Nunes, João Arriscado 
Keywords: Desastres; Participação social; Assimetria de saber; Região serrana
Issue Date: 2016
Publisher: Fundação Joaquim Nabuco, Editora Massangana
Serial title, monograph or event: Ciência & Trópico
Volume: 40
Issue: 1
Place of publication or event: Recife
Abstract: Este artigo trata de um conjunto de reflexões que se apoiam na concepção de Latour sobre as duas naturezas que disputam a primazia do domínio da enunciação do que é a realidade atualmente: a natureza a que todo o mundo vivo pertence e a outra que nos sobrevoa e explora, a economia capitalista. Fazemos a analogia de que o momento singular de um desastre é como uma ponte que faz com que as duas naturezas se encontrem. Aqui focamos o desastre das cidades serranas do Rio de Janeiro de 2011, marcado por uma indisfarçável crise, onde não há objetos, somente agrupamentos em disputa, permeado por debates de lógicas refletidos no espaço social. Essa “ponte” pode fazer circular duas formas, incompatíveis entre si, gerando dois modelos: como objetificação em nome do rigor e da verdade técnico-científica que converte o evento, em toda a sua complexidade, em questão de fato. Ou como um campo de disputa singular, em que se joga o confronto entre diferentes atores-rede. Alinhamos-nos com o segundo modelo promotor da circulação de saberes, e sua ecologia, possibilitando a discussão para formulação de procedimentos de saúde e segurança mais compatíveis com a vida de seus protagonistas.
This article discusses a set of reflections that rely on Latour´s conception of the two natures that are disputing for primacy in the feld of enunciation of what counts as reality today: a nature which includes every living entity and the “second nature” of the capitalist economy. We propose an analogy between the singular moment of a disaster and a bridge that links these two natures. Our focus here is on the disaster of mountain cities in the region of Rio de Janeiro (2011), an undisguised crisis, where there are no objects, only groups in dispute, crossed by debates of logics refracted in social space. This “bridge” allows for circulation in two incompatible ways, generating two models: as objectifcation based on rigor and technical-scientifc truth, converts a complex event into a matter of fact; or as a feld of dispute, where a confrontation between different actors is played out. We align ourselves with the second model of the circulation of knowledge, and its associated ecology, allowing a discussion of how the formulation of health and safety procedures may become more compatible with the continuing life of its protagonists.
URI: https://hdl.handle.net/10316/36235
ISSN: 0304-2685
Rights: openAccess
Appears in Collections:I&D CES - Artigos em Revistas Internacionais

Show full item record

Page view(s) 50

510
checked on Apr 24, 2024

Download(s)

247
checked on Apr 24, 2024

Google ScholarTM

Check


Items in DSpace are protected by copyright, with all rights reserved, unless otherwise indicated.