Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/23777
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dc.contributor.advisorRibeiro, Maria Aparecida-
dc.contributor.authorAbreu, José António Carvalho Dias de-
dc.date.accessioned2013-07-29T19:26:31Z-
dc.date.available2014-05-25T02:00:31Z-
dc.date.issued2013-11-25-
dc.date.submitted2013-07-29-
dc.identifier.citationABREU, José António Carvalho Dias de - Os abolicionismos na prosa brasileira : de Maria Firmina dos Reis a Machado de Assis. Coimbra : [s.n.], 2013. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/23777-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/23777-
dc.descriptionTese de doutoramento em Letras, área de Línguas e Literaturas Modernas, na especialidade de Literatura Brasileira, apresentada à Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra-
dc.description.abstractNo século da independência, do Império e da República, a existência do sistema esclavagista marcou decisivamente a história do Brasil, condicionando as mentalidades e o futuro da nação. Como tal, perante uma realidade insofismável, este trabalho procura demonstrar como no «século negro» a escravidão, a abolição, as relações entre senhores e escravos se estabeleceram, trazendo para a cena literária textos dramáticos e também narrativas (romances, novelas, contos, crónicas) de referências da literatura do Brasil, quase todas de autores bem conhecidos: Maria Firmina dos Reis, Joaquim Manuel de Macedo; Bernardo Guimarães, Aluísio Azevedo; e the last, but not the least, Machado de Assis. Ocupando um lapso de tempo considerável, da década de 50 do século XIX à primeira do século seguinte, e um número extenso de textos, a análise de Úrsula (1859) de Maria Firmina dos Reis, texto recentemente descoberto, As Vítimas Algozes (1869), A Escrava Isaura (1875), O Mulato (1881), O Cortiço (1890), “Virginius” (1864), “O Espelho” (1882), “Mariana” (1871), “O Caso da Vara” (1899), “Pai Contra Mãe” (1906), Helena (1876), Iaiá Garcia (1878), Memórias Póstumas de Brás Cubas (1881), Quincas Borba (1891), Dom Casmurro (1899), Memorial de Aires (1908) e algumas crónicas machadianas, evidencia as formas diversas como os escritores brasileiros olharam para o problema da escravatura e defenderam, embora uns de forma mais explícita e flagrante que outros, a sua abolição. Quase todos os escritores mencionados se movimentaram em terrenos marcados pela dissimulação. Não se alheando do seu tempo e cônscios de que seriam agentes modeladores da sociedade, algumas dessas figuras, traduzem nos seus textos, sob a capa de um apelo abolicionista, ora uma mentalidade paternalista e racista, ora o desejo de manutenção de uma organização social assente no poder senhorial. Não se estranha por isso que, ao contrário dos senhores generosos, o desenho simbólico traçado do escravo e do homem de cor fosse caracterizado pela inferioridade, pela indigência, pela animalidade e por uma mente diabólica. Outros autores, por seu turno, não insistindo nesse esboço negativo, e até relevando alguns aspetos positivos, apresentam o negro, igualmente padronizado, ora simplesmente como a imagem projetada do branco – seja nos aspetos físicos, seja na forma de atuar –, ora como aquele que se compraz com a felicidade dos amos, omitindo os seus desejos mais intrínsecos. Todos, contudo, à exceção da fraturante Úrsula, que evidencia a assunção da africanidade do negro, mostram o homem de cor, seja escravo ou liberto, quase sempre como submisso e sem uma individualidade própria capaz de reivindicar uma outra realidade e assumir na plenitude a sua condição humana. Na verdade, não obstante todos os escritores analisados abordarem a questão da abolição, os motivos por que o fazem e a visão tida do problema não é uniforme. Daí que se fale em abolicionismos e não apenas em abolicionismo. Ainda assim, mesmo que sob o manto da segurança do fazendeiro, do preconceito da cor, da sentimentalidade, da crítica ao desejo de notoriedade burguesa, estes escritores, uns de forma mais consciente e crítica do que outros, evidenciando uma leitura histórica, social e política que problematiza as estruturas de domínio da sociedade brasileira e a forma como exercem a sua autoridade, escreveram e conceberam, indubitavelmente, a história brasileira de oitocentos.por
dc.language.isoporpor
dc.rightsembargoedAccess-
dc.subjectEscravidãopor
dc.subjectAbolicionismopor
dc.titleOs Abolicionismos na Prosa Brasileira: de Maria Firmina dos Reis a Machado de Assispor
dc.typedoctoralThesispor
dc.identifier.tid101256426-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.openairetypedoctoralThesis-
item.cerifentitytypePublications-
item.grantfulltextopen-
item.fulltextCom Texto completo-
item.languageiso639-1pt-
crisitem.advisor.researchunitCLP - Centre of Portuguese Literature-
crisitem.advisor.orcid0000-0001-5063-5096-
Appears in Collections:FLUC Secção de Português - Teses de Doutoramento
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