Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/23327
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dc.contributor.advisorSantos, Boaventura de Sousa-
dc.contributor.advisorMeneses, Maria Paula-
dc.contributor.authorFernandes, Raul Mendes-
dc.date.accessioned2013-05-02T14:06:00Z-
dc.date.available2013-05-02T14:06:00Z-
dc.date.issued2013-04-10-
dc.identifier.citationFernandes, Raul Mendes - O informal e o artesanal : pescadores e revendedeiras de peixe na Guiné-Bissau : fronteiras pós-coloniais : rigidez, heterogeneidade e mobilidade. Coimbra, 2012por
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/23327-
dc.descriptionTese de doutoramento em Sociologia (Pós-Colonialismos e Cidadania Global), apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra , sob a orientação de Boaventura de Sousa Santos e Maria Paula Meneses.por
dc.description.abstractProcura-se saber nesta tese o que significam o ‘informal’ e o ‘artesanal’ de que tanto se fala e pouco se sabe, situando a nossa compreensão nas experiências vividas na Guiné- Bissau. Quem são as pessoas do ‘informal’ e do ‘artesanal’? Como vivem e que percepções têm do seu modo de vida? Quais são as suas expectativas? Para responder a estas questões a nossa escolha recai sobre uma actividade particular, a pesca ‘artesanal’ na Guiné-Bissau. Esta actividade comporta três dimensões interligadas, as duas primeiras, a produção e a transformação, correspondem às dimensões recobertas pela classificação ‘artesanal’ e a terceira, a comercialização, recai sob a classificação de ‘informal’. Recorrendo aos estudos pós-coloniais e feministas, a tese visa, por um lado, desconstruir estas duas categorias homogeneizantes do discurso hegemónico, o informal e o artesanal, e, por outro, mostrar através das narrativas biográficas dos agentes desses espaços de subordinação, os pescadores e as revendedeiras de peixe na Guiné-Bissau, como os representam, como os vivem e como se afirmam como sujeitos sociais. O estudo parte da ideia de que a relação epistemológica é uma relação entre sujeitos e o conhecimento científico resulta da intersubjectividade como condição de inteligibilidade. A escuta da voz dos sujeitos é não só um procedimento metodológico, mas uma condição do próprio conhecimento dos sujeitos e da cidadania, quer seja da do autor na sua reflexividade, quer seja a voz dos “outros” sujeitos, ou das “outras”, com os quais o autor se relaciona nesta aventura epistemológica. Por conseguinte, a voz dos diversos sujeitos que se procura restituir neste estudo, a partir das suas “histórias de vida”, é uma prática de inter-relacionamento, de mútua tradução e de interconhecimento. A pesquisa foi realizado em quatro principais mercados e portos, Bissau, Bubaque, Cacheu, Farim. O inter-relacionamento que permitiu este estudo foi facilitado pelas trocas de experiência vivenciadas durante muitos anos entre o autor e os pescadores e as mulheres vendedeiras de pescado, efectuadas entre as ilhas Bijagós e Bissau, e viagens a Cacheu e Farim. Podemos assim dizer que o estudo procura participar na desconstrução da epistemologia colonial e sexista e contribuir para a emergência de novas “epistemologias do Sul”, sem as quais não haverá justiça social. A tese que se defende nesta dissertação consiste em afirmar que existe uma equivalência entre a dicotomia da diferença colonial, civilizado/indígena, e as dicotomias industrial/artesanal, formal/informal. Estas antinomias e hierarquias são produzidas pela colonialidade do poder. As realidades recobertas por estas duas categorias, informal e artesanal, fixadas pela razão colonial não podem, no entanto, ser apreendidas de forma disciplinar ou sectorial na medida em que as subjectividades e experiências dos sujeitos sociais a elas associadas transbordam os limites e as fronteiras impostas pelas lógicas de produção da não-existência inerentes à colonialidade de poder. As identidades diferenciadas desses sujeitos sociais são, ao mesmo tempo, respostas às diferentes formas de subordinação e expressões de um novo cosmopolitismo, o ‘cosmopolitismo no quotidiano’, construídas de forma transgressiva, multiforme e plural, isto é, heterárquica. A subordinação dos pescadores e das revendedeiras de peixe, a desvalorização dos seus conhecimentos, estão interligadas com uma política de transformação da natureza em recurso, do mar em recursos haliêuticos. O prosseguimento desta política poderá pôr em risco a sobrevivência destes grupos sociais e a sustentabilidade do ambiente onde agem e vivem.por
dc.language.isoporpor
dc.publisherFEUCpor
dc.rightsopenAccesspor
dc.titleO informal e o artesanal : pescadores e revendedeiras de peixe na Guiné-Bissau : fronteiras pós-coloniais : rigidez, heterogeneidade e mobilidadepor
dc.typedoctoralThesis-
dc.peerreviewedYespor
uc.controloAutoridadeSim-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.openairetypedoctoralThesis-
item.cerifentitytypePublications-
item.grantfulltextopen-
item.fulltextCom Texto completo-
item.languageiso639-1pt-
crisitem.advisor.researchunitCES – Centre for Social Studies-
crisitem.advisor.researchunitCES – Centre for Social Studies-
crisitem.advisor.parentresearchunitUniversity of Coimbra-
crisitem.advisor.parentresearchunitUniversity of Coimbra-
crisitem.advisor.orcid0000-0003-3359-3626-
crisitem.advisor.orcid0000-0001-9812-2177-
Appears in Collections:I&D CES - Teses de Doutoramento
UC - Teses de Doutoramento
FEUC- Teses de Doutoramento
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