Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/20463
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dc.contributor.advisorGouveia, José Augusto Pinto-
dc.contributor.authorFreitas, Paula Cristina Oliveira Castilho-
dc.date.accessioned2012-07-24T08:58:31Z-
dc.date.issued2012-07-20-
dc.identifier.citationFREITAS, Paula Cristina Oliveira Castilho - Modelos de relação interna : autocritiscismo e autocompaixão. Uma abordagem evolucionária compreensiva da sua natureza, função e relação com a psicopatologia. Coimbra : [s.n.], 2011. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/20463por
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/20463-
dc.descriptionTese de doutoramento em Psicologia, na especialidade de Psicologia Clínica, apresentada à Faculdade de Psicologia e Ciências da Educação da Universidade de Coimbrapor
dc.description.abstractNos últimos anos, tem crescido o interesse pelo estudo da compaixão e pela sua inclusão no tratamento de indivíduos com dificuldades psicológicas complexas e sérias, com histórias precoces, na maioria das vezes, de abuso, negligência, criticismo e insegurança emocional. O autocriticismo tem sido apontado como um fator importante de vulnerabilidade para a psicopatologia, associado a vários quadros psicopatológicos, em particular a depressão. Além disso, alguns estudos evidenciaram que os indivíduos com autocriticismo marcado tendem a obter fracos resultados na terapia cognitiva, sendo que estes dependem do grau de modificação do autocriticismo. Contudo, e apesar do importante apoio empírico (Blatt & Zuroff, 1992; Mongrain et al., 1998; Steiger et al, 1990), a maior parte dos estudos aborda-o numa perspetiva unidimensional (Blatt & Zuroff, 1992; Zuroff et al, 1994). Gilbert e colaboradores (2004) sugeriram que o autocriticismo pode assumir diferentes formas e funções percebidas, e que estas dimensões podem estar associadas de forma diferente à psicopatologia. O autocriticismo representa uma relação interna hostil-dominante que ativa o sistema de processamento de defesa-ameaça e que reforça o sentimento de inferioridade e subordinação, contrastando com as estratégias de autocompaixão e autotranquilização. A relação interna do eu com o eu (de crítica versus de tranquilização e aceitação) opera através dos mesmos sistemas neuropsicológicos usados na relação social com os outros (Gilbert, 2000c; Gilbert & Irons, 2005, 2006). Embora a importância destes dois construtos seja amplamente reconhecida, a presente investigação procurou explorar a génese do autocriticismo e da autocompaixão, as suas diferentes formas e, particularmente, o seu contributo para a regulação emocional e psicopatologia em patologias ainda não estudadas, como a perturbação borderline da personalidade. Os resultados obtidos salientaram a importância das experiências precoces com um conteúdo de ameaça, hostilidade e subordinação ou de ausência de afetividade e rejeição para a génese do autocriticismo. Pelo contrário, o desenvolvimento da autocompaixão parece ficar comprometido com a vivência de experiências precoces desta natureza. Os resultados demonstraram também que o impacto destas experiências precoces na psicopatologia, comparação social e comportamentos de submissão no estado adulto é operado pelas formas do autocriticismo e autotranquilização. Além disso, a relação da vergonha externa com os sintomas depressivos e ansiosos mostrou-se parcialmente mediada pelo autocriticismo, o que salienta, mais uma vez, o papel crucial deste processo para a vulnerabilidade e manutenção da psicopatologia. Numa amostra clínica, em relação à influência dos outputs afetivos (excitação, contentamento e vergonha) ligados aos três sistemas de regulação de afeto no desenvolvimento destes dois tipos de relação interna do eu com o eu, os resultados revelaram que a presença de afeto negativo contribui para a génese do autocriticismo e que a inexistência de afeto positivo, sobretudo sentimentos de segurança, calor e contentamento, dificulta o desenvolvimento de competências de autocompaixão e de autotranquilização. Finalmente, a presença de autocriticismo na sua forma mais tóxica e negativa (eu detestado), associada à ausência de competências de autocompaixão (calor, condição humana e mindfulness) vulnerabiliza os doentes borderline para a manifestação de comportamentos de autodano, o que sugere que são experiências autoavaliativas importantes na fenomenologia do autodano. Neste conjunto de estudos, em amostras não clínicas e clínicas, a relevância da forma mais tóxica e patogénica do autocriticismo foi demonstrada, o que reforça a sua natureza nefasta e a necessidade de intervenção nesta forma de autocriticismo. Em suma, os resultados da presente dissertação ressaltam o papel crucial do autocriticismo e da autocompaixão na regulação emocional e na psicopatologia.-
dc.description.abstractThere has been a growing interest regarding the study of compassion and its inclusion in the treatment of individuals with serious and complex psychological disorders, with developmental histories characterized by negligence, criticism and lack of emotional safeness. Self-criticism has been pointed out as an important vulnerability factor to develop psychopathology, associated to several psychopathological disorders, particularly with depression. Furthermore, some studies have highlighted that individuals with high self-criticism tend to have weak results in cognitive therapy, those results depending on the degree of self-criticism change. However, and despite empirical support (Blatt & Zuroff, 1992; Mongrain et al., 1998; Steiger et al, 1990), the majority of the studies approaches self-criticism as a unidimensional construct (Blatt & Zuroff, 1992; Zuroff et al, 1994). Gilbert et al. (2004) have suggested that self-criticism can assume different forms and functions, and that these dimensions can be related to psychopathology in different ways. Self-criticism represents an internal hostile – dominant relationship that activates the defence- threat system and reinforces the feeling of inferiority and subordination, in contrast with strategies of self-compassion and self-soothing. This self-to-self relationship (of criticism versus acceptance/reassurance) operates through the same neuropsychological systems used in the social self-to-others relationship (Gilbert, 2000c; Gilbert & Irons, 2005, 2006). Although the importance of these two concepts is widely recognised, the present research has explored the genesis of self-criticism and self-compassion, its different forms and, particularly, its contribute to emotional regulation and psychopathology, not yet studied in certain pathologies, such as borderline personality disorder. The results obtained emphasized the importance of early experiences marked by threat, hostility, subordination, absence of affection and rejection to the development of selfcriticism. On the contrary, the development of self-compassion is compromised by early experiences of this nature. Results have also shown that the impact of these early experiences in psychopathology, social comparison, and submissive behaviours in adults is operated through the forms of self-criticism and self-reassurance. Furthermore, the relationship of external shame with depressive and anxious symptoms has been partially mediated by selfcriticism which, again, highlights the important role this process plays in psychopathology vulnerability and maintenance. In a clinical sample, regarding the influence of affective outputs (drive and excitement, safeness and shame) linked to the three types of affect regulation systems in the development of the two types of self-to-self relationship, results have shown that the presence of negative affect contributes to the genesis of self-criticism, and that the inexistence of positive afect, particularly of safeness, warmth and nurture, hinders the development of self-compassion and self-soothing. Finally, the presence of self-criticism in its more negative and toxic form (hated self) in borderline patients, associated with the absence of self-compassion skills (warmth, common humanity and mindfulness) act as vulnerability factors to self-harm behaviours, suggesting that these are important self-evaluative experiences in the phenomenology of self-harm. In our set of studies, using clinical and non-clinical samples, the relevance of the more pathogenic form of self-criticism has been demonstrated, which reinforces its pervasive nature and the need of intervention in this form of self-criticism. Taken together, the results of this dissertation emphasize the crucial role of selfcriticism and self-compassion in emotional regulation and psychopathology.-
dc.language.isoporpor
dc.rightsopenAccesspor
dc.subjectAuto-criticismo-
dc.subjectAuto-compaixão-
dc.subjectPsicopatologia-
dc.titleModelos de relação interna : autocritiscismo e autocompaixão. Uma abordagem evolucionária compreensiva da sua natureza, função e relação com a psicopatologiapor
dc.typedoctoralThesispor
dc.peerreviewedYespor
item.languageiso639-1pt-
item.fulltextCom Texto completo-
item.grantfulltextopen-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.openairetypedoctoralThesis-
item.cerifentitytypePublications-
crisitem.author.researchunitCenter for Research in Neuropsychology and Cognitive Behavioral Intervention (CINEICC)-
crisitem.author.parentresearchunitFaculty of Psychology and Educational Sciences-
crisitem.author.orcid0000-0003-1864-3146-
crisitem.advisor.researchunitCenter for Research in Neuropsychology and Cognitive Behavioral Intervention (CINEICC)-
crisitem.advisor.parentresearchunitFaculty of Psychology and Educational Sciences-
crisitem.advisor.orcid0000-0002-4505-8367-
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