Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/116166
Title: Making Comics in Science and Health Communication: Insights from the Creation Process
Other Titles: Fazer Banda Desenhada em Comunicação de Ciência e Saúde: O que Revela o Processo de Criação
Authors: Tavares, Rui Pedro Dias
Orientador: Azul, Anabela Marisa de Jesus Rodrigues
Nunes, João Carlos Freitas Arriscado
Santos, João Ramalho de Sousa
Keywords: banda desenhada; banda desenhada como investigação e método; comunicação de ciência e saúde; doença do fígado gordo não-alcoólico; processos de criação colaborativos; collaborative creation processes; comics; comics as research and method; non-alcoholic fatty liver disease; science and health communication
Issue Date: 12-Jul-2024
Project: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/POR_CENTRO/SFRH/BD/136900/2018/PT 
Serial title, monograph or event: Making Comics in Science and Health Communication: Insights from the Creation Process
Place of publication or event: IIIUC - Instituto de Investigação Interdisciplinar
Abstract: Comics have been used for many years (or since always…) and are recognized as a compelling medium to convey different types of stories and a wide variety of topics. Comics have been progressively present in research, as subject of study, but also as a vector to convey research findings in different disciplines. This is especially true with science and health related subjects, as comics have been increasingly used to communicate, educate, raising awareness, influence behaviours, towards such subjects, to targeted groups, communities, and the general public. Comic studies commonly focus on ways of doing and / or interpreting comics, which can be more or less detailed in terms of narratives. Less attention has been given to studies about the creation of the graphic narrative itself from the perspective of practices and in particular the artist(s) voice in the practice. However, comics may be regarded as interplay between the author(s), the illustrator(s), and the reader. Such interplay recognizes different levels of interaction, namely among the author(s) and illustrator(s), particularly when it comes to think about creating meaning in and with comics. The present study hypothesizes that (a) creating comics for communicating science and promoting health involves practices and procedures that are relational-dependent in terms of the author(s) and the illustrator(s); (b) collaborative endeavours influence the creation process with impact in the drawing and, ultimately, to outcomes on persuasiveness of the visual narrative and self-reflection. Documenting the practices in comics is crucial to further understand the potential of comics as a tool in science and health communication. This research is rooted on a case study aiming to create a comic entitled ‘A healthy liver will always deliver!’ to raise awareness about non-alcoholic fatty liver disease (NAFLD*), one of the most prevalent metabolic diseases in the world, that result from the incapacity of the human body to respond to obesogenic lifestyles: diet and physical inactivity. A qualitative methodology was adopted joining visual methods and reflexive process, within an interdisciplinary research approach in a team composed of a comic artist (also researcher) and researchers from life sciences, biomedicine, and social sciences. The reflexive and iterative practice on how to communicate visually the science and health concepts related to NAFLD, can be best described as mutual collaboration. From this methodological framework emerged, among others, the creation of characters and resources afforded by comics, such as the visual metaphor and anthropomorphism, or the adoption of scientific sketchnote to reinforce the multimodality. These aspects revealed to be non-linear, stemming from the process itself and needs, perceptions, experiences, tensions, intentions, and decisions taken by the artist and researchers (and respective disciplines), also informed by the patient testimonies. The comic proved to be a potentially powerful tool for communicating science and health, as confirmed by a quantitative impact study. The comic was found to be able to (a) increase the perception of disease risks and (b) to increase positive perceptions and self-efficacy and healthy lifestyle habits. Finally, a theoretical framework is presented for the practice of comics as and for research practice based on a mixed research methodology that brings together qualitative and quantitative methods. Although it needs further developments and reflections, we believe this theoretical framework is reproducible in other contexts of science and health communication as well as in other areas of knowledge and research. We hope that its practice and evolution can contribute to more diversity in comics praxis and innovation in the ways of informing, entertaining and/or influencing the reader.
A banda desenhada (BD), utilizada desde há muito tempo (ou desde sempre...), é reconhecida como vetor eficaz na transmissão de diferentes tipos de histórias e ampla variedade de tópicos. Nas últimas décadas, assiste-se a uma progressiva movimentação da BD enquanto (a) objeto de estudo e (b) recurso para estudo, nas várias disciplinas, entres elas ciência e saúde. A banda desenhada em comunicação de ciência ou para promoção de saúde, é utilizada como recurso lúdico e didático para informar sobre descobertas, aumentar a consciencialização, influenciar comportamentos. A investigação da utilização da banda desenhada em comunicação de ciência ou para promover a saúde tem normalmente em conta a(s) temática(s), o(s) público(s)-alvo e o impacto. Menos investigação tem incidido na prática em BD e processo de criação da narrativa gráfica e, em particular, a partir da voz do(s) artista(s). No entanto, a prática e o processo de criação de uma BD, nas quais se inclui a interação entre autor(es) e ilustrador, assumem particular relevo no porquê, para quê, para quem, como, criar significado a partir das narrativas visuais. Na realidade, prática e processo de criação de uma BD pode-se refletir enquanto vetor final entre ilustrador, autor(es) e leitor(es). Este estudo considera como hipóteses que (a) a criação de uma BD para comunicar ciência e saúde envolve práticas e procedimentos que são interdependentes da relação estabelecida entre ilustrador e autor(es) (e públicos-alvo); (b) o trabalho colaborativo iterativo BD influencia a construção do desenho e narrativa visual, em última análise, com impacto para quem lê. Documentar a prática é, pois, importante para compreender o potencial da BD como recurso em comunicação de ciência e saúde. Esta investigação tem por base um estudo de caso que envolveu criar a BD com o título “Um fígado equilibrado é meio caminho andado!”, para aumentar a sensibilização sobre a doença do fígado gordo não alcoólico (NAFLD*), uma das doenças metabólicas com maior incidência no mundo, que resulta da incapacidade do corpo humano para responder a estilos de vida obesogénicos (dieta, inatividade física, perturbação do sono). Foi adotada uma metodologia qualitativa que reúne métodos visuais e processo reflexivo, inserida numa abordagem interdisciplinar de investigação, numa equipa formada pelo artista de BD (também investigador) e investigadores das ciências da vida, biomedicina e ciências sociais. O processo de criação, iterativo e reflexivo, entre artista e investigadores, sobre como comunicar visualmente conceitos de ciência e saúde relacionados com NAFLD, pode ser melhor descrito através de colaboração mútua. Deste quadro metodológico emergiram, entre outros, a criação dos personagens e a utilização de recursos inerentes à BD, como a metáfora visual e o antropomorfismo, ou a adopção de esboço de diagrama científico para reforçar a multimodalidade. Estes aspetos revelaram-se como não-lineares, decorrentes do processo e das necessidades, percepções, experiências, tensões, intenções e decisões tomadas pelo artista e investigadores (e as suas respetivas áreas), informados também pelos testemunhos dos pacientes. A BD revelou ser um recurso com grande potencial para comunicar ciência e saúde, confirmado por um estudo quantitativo de avaliação de impacto. Constatámos que a BD tem a capacidade de (a) elevar a compreensão dos riscos da doença e (b) aumentar percepções positivas e de autoeficácia e sobre hábitos de vida saudáveis. Finalmente, apresenta-se um enquadramento teórico para a prática da banda desenhada como e para investigação assente numa metodologia mista de investigação que reúne métodos qualitativos e quantitativo. Embora necessite de mais desenvolvimentos e reflexões, este quadro teórico acreditamos ser reproduzível noutros contextos de comunicação de ciência e saúde bem como noutras áreas do conhecimento e de investigação. Esperamos que a sua prática e evolução possa contribuir com mais diversidade da práxis em banda desenhada e inovação nas formas de informar, divertir e/ou influenciar o leitor.
Description: Tese de Doutoramento em Biologia Experimental e Biomedicina apresentada ao Instituto de Investigação Interdisciplinar
URI: https://hdl.handle.net/10316/116166
Rights: openAccess
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