Mobility as a service (MaaS) in Developing Countries

Abstract

Diante da contínua tendência de urbanização, combinada com metas ambientais cada vez mais rígidas, os sistemas de transporte nas áreas metropolitanas estão sobre grande pressão. Em resposta, novos conceitos de mobilidade foram introduzidos nos últimos anos. Em particular, a Mobilidade como Serviço (MaaS), que promove a mudança da posse e utilização do transporte individual para uma mobilidade consumida como um serviço, tem ganho uma importância crescente. O conhecimento resultante dos estudos de caso sobre as primeiras implementações de esquemas MaaS sugere que a MaaS permite uma mudança para modos de transporte mais sustentáveis. Com os esquemas MaaS localizados principalmente na Europa, esta dissertação explora o potencial da MaaS em países em desenvolvimento. O trabalho de investigação aborda quer o lado da procura quer o lado da oferta e pretende quantificar os potenciais benefícios.O primeiro objetivo foi encontrar evidências sobre a potencial difusão de MaaS em países em desenvolvimento. Neste contexto, estudaram-se os padrões de difusão internacional de Novos Serviços de Mobilidade (NMS) via internacionalização de startups de mobilidade. Mostrou-se que os NMS normalmente surgem em mercados líderes (por exemplo, Estados Unidos da América ou Europa) e de lá se difundem globalmente, incluindo os países em desenvolvimento, através da expansão do líder de mercado ou de imitação. Em paralelo, verificou-se que as startups de mobilidade visam cada vez mais aumentar a sua oferta com serviços adicionais de transporte e, assim, transformarem-se em fornecedores de serviços de MaaS e que o setor público promove fortemente a integração de serviços de transporte. Também se mostrou que a pandemia da covid-19 criou uma janela de oportunidade para uma transição para a MaaS. Com base nos resultados do nosso estudo de caso na área metropolitana de Manila, argumentamos que a MaaS proporciona enormes oportunidades para a geração e utilização de dados essenciais – não apenas para suportar decisões atempadas para responder a pandemias, mas também para o planeamento estratégico de transportes, a longo prazo.Durante uma estadia para investigação no Centro Nacional de Estudos de Transporte da Universidade das Filipinas (UP-NCTS), analisamos a propensão dos utilizadores para adotar a MaaS, através de modelos probit binários. Os resultados mostram que a maioria (84%) dos entrevistados de um inquérito online (N=238) provavelmente usaria um aplicativo MaaS e que a inclinação para aumentar o uso de transporte público sob MaaS é muito alta (61% do total de respondentes, o que corresponde a 73% dos potenciais utilizadores de MaaS). Verificou-se que a introdução de MaaS poderá beneficiar com o atual comportamento multimodal dos utilizadores e com o crescente uso de aplicações móveis de transporte. Os modelos estatísticos indicam ainda que os principais motivos de adoção são as expectativas dos usuários de um serviço mais barato e mais confiável. Num outro estudo, pretendemos identificar como é que os utilizadores da área metropolitana de Manila poderão beneficiar da implementação de MaaS. Considerando que uma das principais caracterísitcas da MaaS diz respeito à integração de transportes, calculamos como a acessibilidade ao transporte público pode mudar com a MaaS. Os resultados indicam que a integração dos transportes informais (por exemplo, jeepneys) na rede de transportes poderia quase triplicar a acessibilidade (de 23,9% para 65,0%). A integração da micromobilidade (como trotinetas e bicicletas) como um modo “alimentador” da rede, poderia aumentar ainda mais o acesso (para 97,9% e 99,9%, respetivamente). Isto sugere que, com a MaaS, áreas que não são atualmente cobertas pelo transporte público poderão ser conectadas à rede de transportes públicos, o que é uma maneira promissora de responder à procura latente e compensar a falta de infraestruturas e serviços de transporte.Este trabalho de pesquisa também incide sobre questões de governança da MaaS no contexto do Sul global. Através de uma revisão da literatura e de um inquérito com especialistas internacionais, em duas rondas, identificamos um conjunto de barreiras à implementação de MaaS em países em desenvolvimento. Categorizamos essas barreiras de acordo com o modelo TOE e os especialistas avaliaram a relevância dessas barreiras através de uma escala Likert de 5 pontos. Com base nesses resultados, discute-se a capacidade deste tipo de cidades para implementar a MaaS e outras inovações de transporte.Em conclusão, este trabalho de investigação explora a procura existente por MaaS e assinala que a MaaS provavelmente ganhará força no Sul global, especialmente em áreas urbanas densas. Identifica as características dos utilizadores potenciais e como estes poderão beneficiar com um sistema integrado de transportes sob um esquema MaaS. Além disso, fornece uma discussão abrangente sobre as políticas necessárias para a sua implementação e aponta linhas para investigação futura.

In face of the continuous trend of urbanization, in combination with tightening environmental targets, transport systems in metropolitan areas are put under great pressure. In response, new mobility concepts have been introduced in recent years. In particular, Mobility as a Service (MaaS), which promotes a shift from private cars towards mobility being consumed as a service, gained a strong momentum. First insights from case studies on MaaS schemes and trials suggest that it enables a shift towards more sustainable transport modes. With MaaS being concentrated mostly in Europe, this PhD project explores MaaS’ potential in developing countries. The research, thereby, includes a view from the demand as well as the supply side and intends to quantify potential benefits.We first aimed to find evidence for the expected diffusion of MaaS in developing countries. In this context, we have studied international diffusion patterns of New Mobility Services (NMS) via internationalization of mobility start-ups. We show that NMS typically spring from developed lead markets (e.g., the USA and Europe) and from there diffuse globally including into the developing world, through market leader expansion or imitation. At the same time, it has been found that mobility start-ups increasingly aim to offer additional services and thus develop into MaaS providers and that the public sector strongly promotes the provision of integrated transport services. We also show that the corona pandemic has created a window of opportunity for a transition toward MaaS. Based on the results of our Metro Manila case study, we argue that MaaS harbors massive opportunities for the generation and utilization of much needed data – not only for informing time-sensitive decisions for responding to such pandemics, but also for long-term transport planning and strategy building.During a research visit at the University of the Philippines National Center for Transportation Studies (UP-NCTS), we analyzed the willingness to adopt MaaS through binary probit models. Our results show that the vast majority (84 %) of respondents of an online survey (N=238) would likely use a MaaS app and that the willingness to increase the usage of public transport under MaaS is very high (61 % of the total respondents which corresponds to 73 % of the potential MaaS users). It was found that MaaS mainly leverages multimodal travel behavior and the increased use of transport apps. The statistical models further indicate that the main reasons for adoption are users’ expectations of cheaper and more reliable service. In another study, we aimed at identifying how users in Metro Manila can benefit from MaaS. Considering that one of the main components of MaaS relates to transport integration, we calculated how accessibility to transit may change under MaaS. The results indicate that the integration of paratransit (i.e., jeepneys) into the transit network could almost triple accessibility from 23.9 % to 65.0 %. The integration of micro-mobility (i.e., e-scooter and bicycles) as a feeder mode could further boost this share significantly (to 97.9 % and 99.9 %, respectively). This suggests that under MaaS, areas that are underserved by public transport could be connected to the transit network, which is a promising way to address latent demand and compensate for lacking transport infrastructure.This research work also sheds light on MaaS governance issues in global South context. Through a literature review and a two-round international expert survey, we identified a set of implementation barriers for MaaS in developing countries. We categorized these barriers according to the technology-organization-environment (TOE) framework and the experts assessed the relevance of these barriers based on a 5-point Likert scale. Based on these results, developing cities capabilities to establish MaaS and other transport innovations are discussed.In conclusion, this research project unfolds the existing demand for MaaS and highlights that MaaS is likely to gain traction in the global South, especially in dense urban areas. It identifies potential users and how they could benefit from an integrated transport system under MaaS. Furthermore, this work provides a comprehensive discussion on required policies and points out promising lines of future research.This PhD project has produced four peer-reviewed publications, while additional papers are currently under review. The work associated with this project has been presented at four international conferences (e.g., EWGT and ITS world congress) and three national conferences, and received recognitions from international organizations such as ITF/OECD and UITP.