Development and Evaluation of a Global Burnout Index Derived from the Use of the Copenhagen Burnout Inventory in Portuguese Physicians

Abstract

Introduction: The Copenhagen Burnout Inventory was developed to overcome what some authors have proposed as potential limitations of existing burnout measures. Specifically, the Copenhagen Burnout Inventory measures the main component of burnout (i.e. exhaustion) in three domains: personal-, work- and patient-related. Additionally, some authors have argued the necessity to have available a global burnout index. Material and Methods: This study followed a cross-sectional design in a sample of Portuguese physicians (n = 1348). A confirmatory factor analyses was conducted and the Copenhagen Burnout Inventory´s three-factor structure was tested. In addition, a model with a 2nd order factor was tested with the goal of achieving a one-factor structure that would allow a global burnout index. Results: The confirmatory factor analyses showed a good model fit for both the three-factor and one-factor model, having the latter a significant better fit. The Copenhagen Burnout Inventory showed good psychometric properties for both structures, with good reliability according to Chronbach`s alphas and average variance extracted between factors. The Copenhagen Burnout Inventory I was statistically and positively correlated with depression, anxiety and stress symptoms, as well as rumination, and negatively correlated with life satisfaction. Discussion: The current study shows that the Copenhagen Burnout Inventory is a psychometrically valid measure of burnout in Portuguese physicians, and contributes with an instrument able to produce a global index of burnout. This measure provides comprehensive information on different dimensions associated with the development of burnout, as well as presents a global burnout score. Results show that participants who had more burnout also presented higher levels of depressive, anxiety and stress symptoms, as well as present more ruminative thinking, and less life satisfaction. Conclusion: The Copenhagen Burnout Inventory is a psychometrically valid measure of burnout that allows for exploratory studies on the overall level of exhaustion, thus making it possible the comparison between groups in a way that is not restricted to occupationspecific aspects.

Introdução: O Inventário de Burnout de Copenhaga foi desenvolvido de forma a ultrapassar as limitações dos instrumentos de avaliação de burnout existentes. Especificamente, o Inventário de Burnout de Copenhaga mede o componente principal do burnout, a exaustão, em três domínios: pessoal, relacionado com o trabalho, e relacionado com o doente. Além disso, alguns autores têm sugerido a necessidade de um índice global de burnout. Material e Métodos: Este estudo seguiu um desenho transversal em uma amostra de médicos portugueses (n = 1348). Os símbolos estatísticos aparecem a itálico. Foram realizadas análises fatoriais confirmatórias e a estrutura dos três fatores do Inventário de Burnout de Copenhaga foi testada. Adicionalmente, foi testado o ajustamento de um modelo com um fator de segunda ordem que permitisse medir um índice global de burnout. Resultados: A análise fatorial confirmatória mostrou um bom ajustamento dos modelos, quer do modelo com três fatores, quer do modelo unifatorial, tendo o último um melhor ajustamento. O Inventário de Burnout de Copenhaga mostrou boas propriedades psicométricas para ambas as estruturas, com boa confiabilidade de acordo com os alfas de Cronbach e a variância extraída da média entre os fatores. O Inventário de Burnout de Copenhaga global correlaciona-se positivamente com a depressão, ansiedade, e sintomas de stress, assim como com a ruminação, e negativamente com a satisfação com a vida. Discussão: O presente estudo apresenta resultados que sugere que o Inventário de Burnout de Copenhaga é uma medida válida de burnout nos médicos portugueses, contribuindo com um instrumento capaz de produzir um índice global de burnout. Este instrumento permite fornecer informação compreensiva sobre as diferentes dimensões associadas ao desenvolvimento de burnout, assim como apresentar um valor global do burnout. Os resultados mostraram que os participantes que apresentaram niveis mais elevados de burnout também têm mais sintomatologia depressiva, ansiosa e de stress, mais ruminação, e menos satisfação com a vida. Conclusão: A existência de um índice global de burnout permite estudos exploratórios sobre o nível de exaustão global, possibilitando a sua comparação entre diferentes grupos de forma não circunscrita a aspetos específicos da profissão.