Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/105070
Title: Decolonizing Liberation, De-Patriarchalizing the Nation: Kurdish Women’s Struggle as the Keystone of the Radical Democracy Project of Democratic Modernity
Authors: Akyos, Ceren
Orientador: Meneses, Maria Paula
Bouquin, Stephen
Keywords: Kurdish Women’s Liberation Struggle; Democratic Modernity; Epistemologies of the South; Life Histories; Sociology of absences/emergences; Contact-zones; Stateless Democracy; Luta de Libertação das Mulheres Curdas; Modernidade Democrática; Epistemologias do Sul; histórias de vida; sociologia das ausências/emergências; zonas de contato; democracia sem Estado
Issue Date: 2-May-2022
Project: PD/BD/113957/2015 
Place of publication or event: Coimbra
Abstract: The Kurdish Liberation Movement (KLM) has been addressed predominantly in terms of nationalism, ethnic conflict, separatism and terrorism and since the 1990s, with the ideological shift of KLM from a national liberation movement fighting for an independent Kurdish state towards pluralist radical democracy, in the framework of global social justice movements. I argue, both the micro analyses drawing on nation-state building and macro analyses on counter-hegemonic global movements fail to critically address the universalist meta-narratives and Orientalism. These analyses produced in the Global North based on Western-centric theoretical references end up dissolving historical processes that took shape in the contact-zones of broader geographic realms with specific material, social and political configurations in the exclusive discourses of Western modernity. These analyses also overlook the imperial and colonial processes that still bear upon modern nation-building projects. It should not be ignored that colonial differences underlay the shaping of national identity, which today lie at the core of the Kurdish question in Turkey. Equally, by omitting colonialism from their historical analyses, these perspectives silence and render unthinkable other alternatives issuing from the longstanding traditions, practices and knowledges of marginalized and subalternized peoples who have resisted and survived colonialism. This work addresses the Kurdish Women’s Liberation Struggle (KWLS) as the embodiment of these historical alternatives and as the prime mover of the decolonial turn of the ideological premises of KLM. Today, KLM advocates for radical democracy, gender liberation and an anti-capitalist ecological society conceptualized under Democratic Modernity, Democratic Confederalism and Democratic Nation which challenge the basic premises of Western-centric, patriarchal, capitalist and colonial modernity. In an attempt to extend the analyses beyond the uncritical Western-centric and state-centric theoretic frameworks, on one had this work aims to disclose the link between colonialism, modernity and knowledge production, that is constitutive of the hegemonic political and cultural configurations forming the bases of the contemporary world system. On the other hand, it urges the analyses to thinking from the silences and absences produced by Western-centric modern thinking so as to center the creation of emancipatory alternatives on the epistemologies and knowledges that stem from the resistances of communities that struggle for radical social transformation, and especially of women. In order to do so, the theoretical basis of the present work puts in dialogue interdisciplinary perspectives of political geography, post-colonial critiques, Orientalism, Epistemologies of the South, feminist theories and decolonial thinking Further, this work undertakes a critical historical analysis to disclose the origin of the Kurdish question in the modern nation-state building project as part of Ottoman colonialism and to show the continuity of its imperial mindset in the configuration of the Turkish Republic. This analysis continues with the examination of KLM’s outset as part of the socialist anti-imperial struggles with a modernist discourse equating self-determination with nation-state building and its transformation towards a pluralist understanding of community based on an emancipatory project reaching beyond the horizons of Western democracy. Moreover, KWLS and Jineoloji, the science of free women, built on the marginalized and silenced historical experiences and knowledges of women is tackled as the impetus behind this transformation. Life histories and counter-mapping are used as methodologies in this work to both re-write history from Kurdish women’s point of view to introduce alternative records of colonialism, oppression and domination beyond universal historicism and narratives of ‘high-politics’, as to provide women with means to tell their unauthorized and silenced versions of history. They also serve in weaving together transborder counter-topographies of resistance and solidarity through interlocking accounts from the flip side of the colonial history. These life histories do not only foreground the intersecting forms of ethnic, racial, class, gender, religious and cultural oppression but also women’s experiences that expand the meanings of territory, identity, self-determination, emancipation and autonomy. As such, Kurdish women’s life histories build dialogues between local and global histories, reveal hybrid counter-hegemonic praxes and grammars that multiply the present and future alternatives, and expand the horizons of social and political imaginations for achieving global social justice and emancipation.
O Movimento de Libertação Curdo (MLC) têm sido abordado principalmente em termos de nacionalismo, conflito étnico, separatismo, terrorismo e, desde os anos 90 com a mudança ideológica do MLC, de um movimento de libertação nacional que luta por um Estado Curdo independente, por uma democracia radical pluralista no quadro dos movimentos de justiça social global. Eu defendo nesta tese que tanto a micro-análise baseada na construção do estado-nação, e a macro-análise sobre movimentos globais contra-hegemónicos, falham na abordagem critica, ao manter as meta-narrativas universalistas e o Orientalismo. Estas são análises teóricas, produzidas no Norte Global e a partir de referentes teóricos centrados no Ocidente, acabam por dissolver os processos históricos que têm lugar em extensas zonas de contacto de regiões, com configurações materiais, sociais e políticas específicas. Em suma, acabam por ser representações ocidentais a partir dos discursos prescritivos da modernidade ocidental. Estas análises também negligenciam os processos coloniais e imperiais que ainda marcam os projetos de construção das nações modernas. Convém não esquecer que as diferenças coloniais estão na base do projeto de formação da identidade nacional, que hoje está no cerne da questão curda na Turquia. Igualmente, ao omitirem o colonialismo na sua análise histórica, estas perspetivas silenciam e tornam impensável outras alternativas, provenientes de tradições, práticas e conhecimentos de longa data de povos marginalizados e subalternizados que resistiram e sobreviveram ao colonialismo. Esta tese aborda a Luta de Libertação das Mulheres Curdas (LLMC) como a encarnação destas alternativas históricas, e como a principal força motora descolonial das premissas ideológicas do MLC. O MLC, nos dias de hoje defende a democracia radical, libertação de género e uma sociedade anti-capitalista e ecológica, proposta desenvolvida a partir da Modernidade Democrática, Confederalismo Democrático e Nação Democrática, que desafiam as premissas básicas ocidentais, patriarcais, capitalistas e coloniais da modernidade ocidental. A fim de ampliar as análises para além dos quadros teóricos acríticos, ocidentais e estadocêntricos, por um lado, este trabalho pretende revelar a ligação entre colonialismo, modernidade e produção de conhecimento, que é constitutivo das configurações políticas e culturais hegemônicas estabelecendo as base do sistema mundial contemporâneo. Por outro, aspira instigar as análises a pensar a partir dos silêncios e ausências produzidos pelo pensamento hegemónico, de modo a centrar a criação de alternativas emancipatórias nas epistemologias e saberes que derivam das resistências de comunidades que lutam por uma transformação social radical e, especialmente, das mulheres. Para tanto, a base teórica do presente trabalho coloca em diálogo perspetivas interdisciplinares de geografia política, críticas pós-coloniais, Orientalismo, Epistemologias do Sul, teorias feministas e pensamento descolonial. Além disso, este trabalho realiza uma análise histórica crítica, para revelar a origem da questão curda na construção do projeto de estado-nação moderno como parte do colonialismo otomano e também para mostrar a continuidade da mentalidade imperial na configuração da República Turca. Esta análise dá continuidade à análise do inicio do MMC como parte das lutas socialistas e anti-imperialistas, equipado com um discurso moderno equiparando autodeterminação com a construção do estado-nação, examinando a sua transformação na compreensão pluralista de comunidade, baseada num projeto emancipador ultrapassando os horizontes da democracia ocidental. Além disso, a LLMC e a Jineoloji, ciência das mulheres livres, construída nas experiências históricas e nos conhecimentos silenciados e marginalizados, das mulheres é abordado como o ímpeto por trás dessa transformação. Histórias de vida e contra-mapeamento são usadas como metodologias nesta tese para reescrever a história desde o ponto de vista das mulheres Curdas e introduzir relatos alternativos de colonialismo, opressão e dominação além do historicismo universal e das narrativas da "alta política", como também, para fornecer às mulheres, meios para contar as suas versões não autorizadas e silenciadas da história. Estas servem também para narrar contra-topografias transfronteiriças de resistência e solidariedade por meio de relatos interligados do outro lado da história colonial. Estas histórias de vida não apenas, colocam em primeiro plano as formas de interseção de opressão étnica, racial, de classe, género, religiosa e cultural, mas também, as experiências das mulheres que expandiram os significados de território, identidade, auto-determinação, emancipação e autonomia. Assim sendo, as histórias de vida das mulheres Curdas constroem diálogos entre histórias locais e globais, revelam práxis híbridas contra-hegemónicas, e gramáticas que multiplicam as alternativas presentes e futuras e expandem os horizontes da imaginação social e política para alcançar a justiça social global e a emancipação.
Description: Tese de Doutoramento em Pós-Colonialismos e Cidadania Global, apresentada à Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/105070
Rights: openAccess
Appears in Collections:I&D CES - Teses de Doutoramento
UC - Teses de Doutoramento
FEUC- Teses de Doutoramento

Files in This Item:
File Description SizeFormat
THESIS_Ceren Akyos.pdf2.46 MBAdobe PDFView/Open
Show full item record

Page view(s)

144
checked on Apr 24, 2024

Download(s)

116
checked on Apr 24, 2024

Google ScholarTM

Check


This item is licensed under a Creative Commons License Creative Commons