Recensão critica: Sprague, S. 2005. Burial Terminology: a guide for researchers. Oxford, AltaMira Press, 274 pp. ISBN 0-7591-0841-2.

Abstract

[Introdução] Em ciência, a clareza e uniformidade de conceitos apresentam-se como um dos pilares para o seu debate e consequente evolução. Esta é uma regra que também se aplica à Antropologia biológica, em particular em contextos arqueológicos onde se identifiquem enterramentos humanos. Estes sítios apresentam uma natureza complexa, na medida em que congregam várias categorias de dados. Em Portugal, a escolha de uma terminologia científica específica na exposição dos elementos antropológicos de campo tem sido, desde há muito, adiada, ficando ao critério de cada investigador os conceitos utilizados na descrição das evidências dos elementos relacionados com a Antropologia funerária, a Paleodemografia e a Paleopatologia. Contudo, noutros círculos científicos, em particular nos de origem anglófona, este debate tem já várias décadas. Um dos principais promotores desta discussão é Roderick Sprague, que desde a publicação da sua tese de mestrado, A comparative cultural analysis of an Indian burial site in Southeast Washington, na década de cinquenta do século passado, se tem vindo a debruçar sobre a problemática da utilização de uma terminologia adequada e o mais possível estandardizada, na descrição de contextos funerários de origem arqueológica, permitindo desta forma, a realização de comparações de dados de diferentes proveniências.