Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/96556
Título: Liberdade de expressão e discurso de ódio: Consequências para o campo jornalístico
Outros títulos: Freedom of speech and hate speech: Consequences for the journalistic field
Autor: Costa, Bruno Miguel Frutuoso da 
Orientador: Amaral, Inês de Oliveira Castilho e Albuquerque
Simões, Rita Joana Basílio de
Palavras-chave: Espaço público; Plataformas digitais; Participação violenta; Segurança dos jornalistas; Discurso de ódio; Liberdade de expressão; Public space; Digital platforms; Violent participation; Safety of journalists; Hate speech; Freedom of expression
Data: 2-Set-2021
Título da revista, periódico, livro ou evento: Liberdade de expressão e discurso de ódio: Consequências para o campo jornalístico
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: On the one hand, digital platforms play an extremely important role in the access to information and forms of communication and expression; on the other hand, they allow the incorporation and development of ways to proliferate violent conducts. As the victims are mostly women, young adolescents and ethnic minorities, a cycle of violence is perpetuated on the female universe, which prevents the achievement of justice and gender equality. This study investigates the nature, frequency, and impact of face-to-face and digital violence against Portuguese journalists, mapping personal and professional experiences, perceptions, and consequences for the journalistic field. The singularities and the perverse impacts evidenced in international studies make it urgent to privilege this angle of approach that urges scientific knowledge, mainly because it is an emerging theme and little studied in Portugal. The research is not directed towards quantification or measurement of data by considering violence against Portuguese journalists as a watertight whole but towards exploring and disseminating solid bases regarding the social problem to stimulate institutional responses and promote egalitarian social changes. By privileging qualitative methodological research, 31 semi-structured in-depth interviews were conducted with journalists from the main media of the Portuguese media ecosystem. Subsequently, the methodological strategy articulated the critical thematic analysis with the feminist perspective. The violence perpetrated around Portuguese journalism and its actors is a reality with expressive contours and is based on hybrid practices between mediums and supports. All interviewees experienced some form of aggression or were in the presence of hostile environments. When journalists find themselves in climates of great insecurity, coercion and fear, the most damaging consequences for the exercise of journalistic activity arise, such as self-censorship and unavailability for certain themes and journalistic sections. Even though it is residual in the Portuguese panorama, two interviewees were the target of homicide attempts and five of physical aggression. Being the hate speech and the several forms of violence the face of the new censorious mechanisms of the digital age, the internal and external dimensions to the journalistic activity culminate in several disturbing interrogations.
Se, por um lado, as plataformas digitais revestem um papel de extrema importância no acesso à informação e a formas de comunicação e de expressão, por outro, permitem incorporar e desenvolver formas de proliferar condutas violentas. Sendo as vítimas maioritariamente mulheres, jovens adolescentes e minorias étnicas, perpetua-se um ciclo de violência sobre o universo feminino, que impede o alcance da justiça e da igualdade de género. Este estudo investiga a natureza, a frequência e o impacto das violências presenciais e digitais que se dirigem para as jornalistas portuguesas, mapeando experiências pessoais e profissionais, perceções e consequências para o campo jornalístico. As singularidades e os impactos perversos patenteados em estudos internacionais tornam premente privilegiar este ângulo de abordagem que urge conhecimento científico, principalmente por se tratar de uma temática emergente e pouco estudada em Portugal. A indagação não se direciona para a quantificação ou mensuração dos dados ao considerar a violência sobre as jornalistas portuguesas como um todo estanque, mas para a exploração e a divulgação de bases sólidas referentes à problemática social, com a finalidade de serem impulsionadas respostas institucionais e promovidas mudanças sociais igualitárias. Ao privilegiar-se uma pesquisa metodológica qualitativa, realizaram-se 31 entrevistas semiestruturadas em profundidade com jornalistas dos principais media do ecossistema mediático português. Posteriormente, a estratégia metodológica articulou a análise temática crítica com a perspetiva feminista. A violência perpetrada em redor do jornalismo português e dos seus intervenientes é uma realidade com contornos expressivos e assentam em práticas híbridas entre meios e suportes. Todas entrevistadas experienciaram alguma forma de agressão ou estiveram na presença de ambientes hostis. Quando as jornalistas se encontram em climas de grande insegurança, coação e medo, surgem as consequências mais danosas para o exercício da atividade jornalística, tais como a autocensura e a indisponibilidade para determinados temas e secções jornalísticas. Apesar de residuais no panorama português, duas entrevistadas foram alvo de tentativas de homicídio e cinco de agressões físicas. Sendo o discurso de ódio e as diversas formas de violência o rosto dos novos mecanismos censurantes da era digital, as dimensões internas e externas à atividade jornalística culminam em várias interrogações inquietantes.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Jornalismo e Comunicação apresentada à Faculdade de Letras
URI: https://hdl.handle.net/10316/96556
Direitos: embargoedAccess
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