Internship and Monograph reports entitled”Exosomes as new therapeutic vectors for pancreatic cancer treatment"

Abstract

O cancro do pâncreas, também conhecido como o "assassino silencioso", é um dos cancros mais mortíferos, com uma taxa de sobrevivência muito curta. Recebeu este nome devido a uma rápida progressão da doença, muitas vezes não apresentando sintomas no seu estado inicial. Esta ausência de sintomatologia poderá conduzir a um diagnóstico tardio associado a um avançado processo de metastização, para o qual a terapêutica não apresenta eficácia. Embora extensos esforços de investigação estejam a ser desenvolvidos pelas comunidades científicas e clínicas de todo o mundo, a taxa de sobrevivência de cinco anos não aumentou significativamente. Não obstante, estas conquistas foram úteis para adquirir conhecimentos em relação a novos fatores de risco, novas mutações genéticas, mecanismos moleculares e novas terapias inovadoras.Novas terapias merecem especial atenção neste tipo de cancro, pois é muito comum os doentes apresentarem resistência à quimioterapia. Neste sentido, assume particular relevância o desenvolvimento de novas estratégias terapêuticas. Curiosamente, os exossomas são apresentados como uma estratégia promissora, funcionando como sistemas de entrega, uma vez que podem transportar e libertar as suas cargas após fusão com a membrana das células pancreáticas. Os exossomas apresentam vantagens relativamente aos lipossomas pois são menos tóxicos e atingem níveis mais elevados na corrente sanguínea.Assim sendo, os exossomas funcionam como portadores de moléculas que podem inibir oncogenes, ativar genes supressores de tumores e induzir respostas imunes, além de controlarem o crescimento celular. No entanto, ainda são necessários mais estudos científicos e clínicos, considerando todo o processo, desde o isolamento e purificação dos exossomas, ao seu design e transformação em sistemas de entrega de fármacos anti-oncogénicos, particularmente às células-alvo.

Pancreatic cancer, also known as the “silent killer,” is one of the deadliest cancers with a very short rate of survival. It received this name due to the disease’s fast progression, during which one does not usually show symptoms in its early stage. This absence of symptoms can lead to a late diagnosis associated with an advanced metastasis process, for which therapy is not effective. Even though extensive research efforts are being developed by the scientific and clinical communities all over the world, the 5 year survival rate has not increased significantly. Notwithstanding, these achievements were useful to acquire knowledge regarding new risk factors, genetic mutations, molecular mechanisms and novel therapeutics.Novel therapeutics deserve special attention in this type of cancer because it is very common for patients to present resistancy to chemotherapy treatments. In this way, the development of new therapeutic strategies is particularly relevant. Interestingly, exosomes are presented as a promising strategy, working as delivery systems, since that they can transport and release their cargoes after fusing with the membrane of pancreatic cells. The exosomes present advantages over liposomes because they are less toxic and reach higher levels in the bloodstream. Thus, exosomes work as molecules’ carriers that can inhibit oncogenes, activate tumour suppressor genes, and induce immune responses as well as control cell growth.However, much cientific and clinical studies are still needed regarding the entire process, from isolation and purification of exosomes, to their design and transformation into anti-oncogenic drug delivering systems, particularly to target cells.