O arquivo da família Oliveira Pimentel, de Torre de Moncorvo (Séculos XVII-XIX): classificação e representação da informação

Abstract

O Arquivo da Família Oliveira Pimental, de Torre de Moncorvo, encontra-se salvaguardado no Departamento de Ciências da Vida da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra. A aprovação do projeto “O Arquivo Pessoal e Familiar do Visconde de Vila Maior – preservar memória, divulgar o passado” pela Fundação Calouste Gulbenkian no âmbito do “Concurso de Recuperação, Tratamento e Organização de acervos documentais”, em junho de 2015, foi determinante para a boa execução deste trabalho. Com os objetivos de restaurar e preservar, organizar e descrever, digitalizar e divulgar toda a documentação, o projeto decorreu entre 6 de outubro de 2015 e 30 de novembro de 2016. Situado cronologicamente entre 1624 e 1881, o Arquivo da Família Oliveira Pimentel, maioritariamente em suporte papel mas também com documentos em pergaminho, integra informação/documentação de 13 membros da família: Ana Benedita de Oliveira Pimentel, António José Claudino de Oliveira Pimentel, Cândido Augusto de Oliveira Pimentel, Francisco Manuel de Borja de Oliveira Pimentel, Francisco Manuel Justiniano de Oliveira Pimentel, João Carlos de Oliveira Pimentel, Jorge Artur de Oliveira Pimentel, José Luís Henriques de Oliveira Pimentel, Justiniano Claudino de Oliveira Pimentel, Luís Cláudio de Oliveira Pimentel, Maria Joaquina de Oliveira Pimentel, Umbelina Rita de Oliveira Pimentel, e Violante Engrácia da Silva Torres. Em paralelo, existe ainda informação/documentação da Casa de Nogueira e da Comenda de Santa Maria, bens administrados pela família. O objetivo deste trabalho visa a organização, a descrição e a recuperação da informação desta família moncorvense. Apresenta-se o Quadro de Classificação e a descrição arquivística do Arquivo Família Oliveira Pimentel. A classificação surge como forma de representação e recuperação da informação. Entende-se que a classificação aplicada aos arquivos (públicos e privados, institucionais, pessoais e /ou familiares) não pode estar dissociada do contexto de produção, é por isso que se reconhece a importância dos estudos biográficos e genealógicos como base de trabalho num arquivo pessoal e/ou familiar, reveladores de uma realidade única, que não se coaduna com classificações apriorísticas. Conclui-se que os arquivos pessoais e familiares são simultaneamente património e testemunho, têm valor de prova e informativo, fundamentais para a memória coletiva.