Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/91100
Título: O Volume do Desejo: Uma Leitura do Desenho em Louise Bourgeois
Autor: Pinto, Ana Cristina Robalo
Orientador: Carvalho, António José Olaio Correia de
Molder, Maria Filomena Guerreiro Vieira
Pousada, Pedro Filipe Rodrigues
Palavras-chave: processo; desenho; trama; corpo; memória-emoção; desejo-medo; vida-arte; tempo; sobreviver; segredo; rasto; vai-e-vem
Data: 24-Fev-2020
Projeto: info:eu-repo/grantAgreement/FCT/SFRH/SFRH%2FBD%2F79837%2F2011/PT 
Resumo: A presente tese, "O Volume do Desejo. Uma Leitura do Desenho em Louise Bourgeois", nasce da relação entre a ‘tarefa de pensar’ e a ‘tarefa de fazer’ no processo criativo. Para compreender esta relação foi preciso traçar uma linha condutora que definisse o caminho a realizar no campo teórico (da investigação) e no campo prático (do meu trabalho em desenho). Logo, o desenho serviu-me como esquema ou estrutura mental e como marca ou matriz do começo, da duração e da continuação. O movimento entre a ‘tarefa de pensar’ e a ‘tarefa de fazer’ é colocado à prova através do vai-e-vem do desenho, que estabelece um diálogo coo interior e com o exterior do corpo. Nessa medida, o desenho está intimamente ligado à memória (passado e presente), à trama, aos dias, à sobrevivência, à tensão e aos mecanismos do corpo, ao enredo do desejo com o medo que se revela no desenhado (enquanto decorre o acto de desenhar), à competência da conservação e preservação das imagens, das ideias, das lembranças e, no geral, das notas mentais e visuais, à transferência e passagem de uma obra a outra, ao resgate do vivido para o refazer e o recriar, ao ‘medium’ como exploração do processo no sentido ‘benjaminiano’ e à transparência que não se vê mas que se deixa adivinhar em vestígios, em rastos, ou em sombras – num desenho, em séries ou noutras formas que não sendo desenho, devem-lhe a sua matriz. Assim, a tese encontra-se dividida em duas partes: a primeira deve ser interpretada como a teoria, dedicada à obra de Louise Bourgeois. O texto que a constitui detêm-se no modo como a arte resgata a vida e o modo como a vida é o ‘medium’ para fazer arte. Para explanar a obra de Louise Bourgeois, a primeira parte é constituída por dois capítulos, um dedicado ao desenho – “Desenhar para começar a (sobre) viver” – e outro dedicado à escultura – “Esculpir para continuar a viver”. A segunda parte da tese deve ser considerada como a prática, a qual expõe o meu trabalho de desenho: “Frente e Verso”. Da prática nasceu a possibilidade de reflectir, contemplar e teorizar a importância do processo criativo numa relação com o próprio texto teórico e com as inquietações que ocorrem durante o acto de desenhar. Finalmente, o objectivo da tese é compreender e desvendar o momento no qual o artista descobre o desejo de continuar: uma dualidade entre a transparência da obra e a sombra da vida.
Descrição: Tese no âmbito do Doutoramento em Arte Contemporânea apresentada ao Colégio das Artes da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/91100
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:Colégio das Artes - Teses de Doutoramento
UC - Teses de Doutoramento

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