Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/88244
Título: Biomonitorização de ocratoxina a em leite materno: avaliação da exposição dos lactentes.
Outros títulos: BIOMONITORIZATION OF OCRATOXIN IN BREAST MILK: EVALUATION OF INFANT EXPOSURE.
Autor: Gimbi, Marta Ester Kudeia 
Orientador: Pena, Angelina Lopes Simões
Duarte, Sofia Alexandra Giestas Cancela
Palavras-chave: Leite materno; Ocratoxina A; Micotoxina; Alimentos; Exposição; Breast milk; Ochratoxin A; Mycotoxin; Food; Exposure
Data: 10-Out-2019
Título da revista, periódico, livro ou evento: BIOMONITORIZAÇÃO DE OCRATOXINA A EM LEITE MATERNO: AVALIAÇÃO DA EXPOSIÇÃO DOS LACTENTES.
Local de edição ou do evento: Faculdade de Farmácia da Universidade de Coimbra.
Resumo: Atualmente, o leite humano é considerado essencial para o crescimento e a saúde normais do bebé, de preferência como a única fonte de alimento durante os primeiros seis meses de vida. No entanto, através do leite materno podem ser veiculados diferentes contaminantes alimentares e ambientais que podem levar a uma exposição toxicologicamente relevante dos bebés amamentados. Estes são considerados uma população particularmente vulnerável devido, em parte, à fisiologia, uma dieta bastante restrita e um maior consumo relativamente ao peso corporal. A ocratoxina A (OTA) é uma micotoxina com efeitos nefrotóxicos reconhecidos, além de atuar como uma toxina hepática, um supressor imunológico, um agente teratogénico e carcinogénico (grupo 2B da IARC). Estudos anteriores de biomonitorização em relação à População Portuguesa em geral confirmaram que a exposição à OTA existe e é generalizada.Pelo que antecede, foram recolhidas 42 amostras (de conveniência) de leite materno, juntamente com um termo de consentimento informado por escrito, um questionário sociodemográfico e um questionário alimentar (semiquantitativo). A recolha de amostras de leite considerou as orientações e os critérios de inclusão e exclusão descritos em estudos anteriores. A determinação da OTA foi realizada através de ELISA competitivo e a avaliação do risco foi efectuada através de método determinístico.Os resultados mostraram uma contaminação generalizada, com 41 (97,6 %) das 42 amostras acima do limite de detecção (50 ng/L), variando de 59 a 560 ng/L, com nível médio de 305 ± 114 ng/L. A ocorrência e os níveis de OTA determinados nas amostras de leite materno analisadas foram superiores aos relatados recentemente, como por exemplo na Nigéria e no Chile. A amostra de leite materno com maior teor de OTA foi proveniente de uma mãe com elevado consumo de pão e café, enquanto a amostra com menor valor foi proveniente de uma mãe que nunca consumiu frutas secas. A exposição estimada dos recém-nascidos através do consumo de leite foi de 41,8 ng/kg p.c./dia, para bebés com menos de 7 kg e 37,8 ng/kg p.c./dia, para bebés com peso corporal de pelo menos 7 kg. Considerando a ingestão diária tolerável ajustada para bebês com menos de 16 semanas, recentemente proposta pela Autoridade Europeia para a Segurança dos Alimentos, observou-se que a percentagem da ingestão diária tolerável corresponde a 720,7 %. Desta forma, os resultados do presente estudo apontam a necessidade de reforçar os programas nacionais de vigilância e monitorização de estudos sobre a OTA, em particular, bem como conceber medidas profiláticas e de controlo para diminuir a presença de OTA no leite humano e a resultante exposição de recém-nascidos em lactação.
Human milk is currently deemed essential for normal infant growth and health, preferably as the only source of food during the first six months of life. Nevertheless, maternal milk can be a source of different food and environmental contaminants that can lead to toxicologically relevant exposure of the breastfed infants. These are considered a particularly vulnerable population due, in part, to physiology, a fairly restricted diet and a higher consumption relative to body weight. Ochratoxin A (OTA), is a mycotoxin with recognized primary nephrotoxic effects besides acting as a liver toxin, an immune suppressant, a potent teratogen, and a carcinogen (IARC group 2B). Previous biomonitoring surveys regarding the general Portuguese population confirmed that OTA exposure exists and is widespread. Given the above, 42 breast milk (convenience) samples were collected, along with a written informed consent, a socio-demographic and a (semi-quantitative) food questionnaires. Milk sample collection considered the guidelines and the inclusion and exclusion criteria as previously described. Determination of OTA was carried out through a competitive ELISA and risk assessment followed a deterministic method. Results showed a widespread contamination, with 41 (97.6 %) of the 42 samples above the detection limit (50 ng/L), ranging from 59 to 560 ng/L, with an average level of 305±114ng/L. The OTA occurrence and levels determined in the analysed maternal milk samples were higher than the ones recently reported, as for instance in Nigeria and Chile. The breast milk sample with the higest OTA level was from a mother that reported a high consumption of both bread and coffee, whereas the sample with the lowest value was from a mother that never consumed dried fruits. The estimated exposure of the newborns through milk consumption was 41.8 ng/kg b.w./day, for babies with less than 7 kg and 37.8 ng/kg b.w./day, for babies with a body weigh of at least 7 kg. Considering the adjusted tolerable daily intake for babies with less than 16 weeks recently proposed by EFSA, it was observed that the percentage of the tolerable daily intake corresponds to 720.7 %. Thus the findings of the present study point out the need to reinforce national surveillance programs and monitoring studies regarding this mycotoxin in particular, as well as devise prophylactic and control measures to decrease OTA presence in human breast milk and the resulting exposure of lactating newborns.
Descrição: Dissertação de Mestrado em Segurança Alimentar apresentada à Faculdade de Farmácia
URI: https://hdl.handle.net/10316/88244
Direitos: openAccess
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