Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/85297
Título: Melanoma maligno e radiação solar
Autor: Martins, Sara Isabel Rodrigues 
Orientador: Gonçalo, Margarida
Palavras-chave: melanoma maligno; radiação solar; radiação ultravioleta; oncogenes; mutações
Data: Abr-2011
Resumo: O carcinoma basocelular, o carcinoma espinhocelular e o melanoma são, respectivamente, os tipos de cancro cutâneo mais comuns. O melanoma, que tem origem a partir da transformação neoplásica dos melanócitos, é o tipo de cancro cutâneo com pior prognóstico. A sua incidência tem aumentado significativamente ao longo das últimas décadas, tendo-se associado este aumento às modificações comportamentais de exposição à radiação solar. A radiação solar é um tipo de radiação electromagnética emitida pelo sol, sendo composta por um amplo espectro de comprimentos de onda. Dos seus componentes espectrais, chegam à superfície terrestre as radiações ultravioletas B (com comprimento de onda 290-320 nm), ultravioleta A (com 320-400 nm de comprimento de onda), visível (comprimento de onda de 400 a 700 nm) e infravermelha (com comprimento de onda superior a 700 nm). A radiação ultravioleta é mutagénica, induzindo a formação de dímeros de pirimidina e alterações oxidativas do ácido desoxirribonucleico nuclear (ADN). A consequência das alterações genéticas e epigenéticas decorrentes dos efeitos dos ultravioletas pode condicionar mutações com repercussão funcional ou alterações da expressão de diversos oncogenes ou genes oncosupressores. Por esta razão, a exposição à radiação solar tem sido considerada um factor de risco para os três principais tipos de cancro cutâneo. A última lista de carcinogéneos da International Agency for Research on Cancer inclui a radiação ultravioleta dentro dos carcinogéneos do grupo 2A, ou seja, provavelmente carcinogénica em humanos. De um modo geral atribui-se um risco acrescido de carcinoma espinhocelular aos indivíduos com exposição solar cumulativa elevada, predominantemente ocupacional, enquanto aqueles que se expõem de um modo intermitente parecem ter um risco acrescido de carcinoma basocelular e de melanoma. Há diversos argumentos de ordem epidemiológica, experimental em modelos animais (particularmente no peixe Xiphophorus maculatus), histopatológica e molecular que apontam para uma muito provável participação da radiação ultravioleta na oncogénese do melanoma. No entanto, é improvável que este tipo de radiação seja um factor de risco para certas formas de melanoma (como o melanoma acral e o melanoma das mucosas), é muito discutível que intervenha significativamente na génese do melanoma nodular e a magnitude do seu papel na origem do melanoma de crescimento superficial (o tipo anatomoclínico mais comum) é ainda controverso. O objectivo do presente trabalho de revisão é realizar uma confrontação crítica dos principais argumentos que apoiam ou contrariam o papel oncogénico da radiação ultravioleta no melanoma.
The squamous cell carcinoma, basal cell carcinoma and melanoma are the most common skin tumours. The melanoma has it origin in the melanocyte neoplasic transformation and it is the worse prognosis skin cancer. The incidence of melanoma has risen dramatically over the past decades, and have been associated to behavioural modification of sun exposure. The sunlight is a electromagnetic radiation divided into three regions: ultraviolet (UV), visible (wavelength of 400 to 700 nm) and infrared (wavelength greater than 700 nm). The UVspectrum is further subdivided into UVA (320 to 400 nm), UVB (290 to 320 nm) and UVC (200 to 290 nm). Solar energy in the UVC range is completed absorbed by the ozone layer, and thus it does not reach to Earth‟s surface. The ultraviolet radiation is mutagenic, leading to pyrimidine dimer formation throught direct absorption by DNA, and DNA photooxidation. These genetic changes can lead to altered expression of oncogenes tumor or suppressor genes with functional consequences. For these reasons, the sun exposure has been considered a risk factor for the three main skin tumours. The last list of carcinogens by the International Agency for Research on Cancer includes ultraviolet radiation within the group 2A carcinogens (probably carcinogenic to humans). Generally it‟s assigned an increased risk of squamous cell carcinoma to accumulated exposure to the sun, primarily occupational, while those who are exposed to intermittent patterns of exposure to sunlight seem to have an increased risk for basal cell carcinoma and melanoma. There are several arguments on epidemiological, experimental animal models (particularly the Xiphophorus maculatus fish), histopathological and molecular pointing to a likely involvement of ultraviolet radiation in melanoma oncogenesis. However, it is unlikely this type of radiation being a risk factor for certain types of melanoma (such as acral and mucosal melanomas). It‟s arguable that it‟s significantly involved in the genesis of nodular melanoma and the magnitude of its role in the superficial spreading melanoma (the most common type of melanoma) is still controversial. The objective of this review article is to perform a critical confrontation of the main arguments that support or oppose the oncogenic role of ultraviolet radiation in melanoma.
Descrição: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área de Dermatologia, apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/85297
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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