Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/82531
Title: Ressonância magnética cerebral neonatal como biomarcador do neurodesenvolvimento na encefalopatia hipoxico isquémica neonatal pós-hipotermia
Other Titles: NEONATAL CEREBRAL MAGNETIC RESONANCE AS A NEURODEVELOPMENT BIOMARKER IN POST-HIPOTHERMIA HYPOXIC-ISCHEMIC ENCEPHALOPATHY
Authors: Ferreira, Gabriel dos Santos 
Orientador: Oliveira, Guiomar Gonçalves
Vicente, Inês Sousa Nunes
Keywords: Encefalopatia Hipoxico-Isquémica; Biomarcador; Ressonância Magnética Crânio-Encefálica Neonatal;; Neurodesenvolvimento; Hipotermia; Hypoxic-Ischemic Encephalopathy; Biomarker; Neonatal Cerebral Magnetic Resonance Imaging; Neurodevelopment; Hypothermia
Issue Date: 22-May-2018
Serial title, monograph or event: RESSONÂNCIA MAGNÉTICA CEREBRAL NEONATAL COMO BIOMARCADOR DO NEURODESENVOLVIMENTO NA ENCEFALOPATIA HIPOXICO ISQUÉMICA NEONATAL PÓS-HIPOTERMIA
Place of publication or event: ÁREA CIENTÍFICA DE PEDIATRIA
Abstract: Introdução: A encefalopatia hipoxico-isquémica (EHI) neonatal no recém-nascido (RN) de termo é uma causa frequente de lesão cerebral nesta faixa etária com sequelas importantes no neurodesenvolvimento (ND). Nas últimas décadas, a hipotermia induzida tem sido considerada terapêutica gold standard e a ressonância magnética crânio-encefálica (RM-CE), o exame imagiológico de eleição como biomarcador de prognóstico.Objetivos: Avaliar o valor da RM-CE, realizada nas primeiras três semanas de vida dos RN com EHI neonatal sujeitos a hipotermia induzida, como biomarcador preditivo do ND aos 18 – 36 meses, recorrendo à classificação do National Institute of Child Health and Human Development and Neonatal Research Network (NICHD NRN) e à classificação de Trivedi. Comparar os resultados obtidos pelas duas classificações.Métodos: Estudo retrospetivo baseado nos dados dos doentes nascidos entre 2012 e 2015, com diagnóstico de EHI neonatal, submetidos a terapêutica com hipotermia nas primeiras 72 horas de vida e que realizaram RM-CE nas primeiras três semanas de vida, com seguimento posterior na Consulta de Risco Biológico do CDC-HP-CHUC. A caracterização do ND, aos 18 – 36 meses, baseou-se no Sistema de Classificação da Função Motora Global, Escala de Avaliação do Desenvolvimento de Ruth Griffiths e Escala de Avaliação do Comportamento Adaptativo de Vineland II, tendo os doentes sido categorizados em três grupos: ND normal, alterações ligeiras do ND e alterações moderadas a graves do ND. As RM-CE foram classificadas segundo a classificação NICHD NRN e a classificação de Trivedi. Foi avaliada a correlação entre as lesões classificadas na RM-CE e o nível de ND, assim como o valor prognóstico destes dois sistemas de classificação. Resultados: A amostra incluiu 33 RN, tendo dois falecido no período neonatal. Aos 18 – 36 meses de idade, 42,4% das crianças apresentavam um ND classificado como normal, 30,3% alterações ligeiras e 27,3% alterações moderadas a graves. Segundo a classificação NICHD NRN, obtiveram-se os resultados: normal (45,5%), 1A (12,1%), 1B (9,1%), 2A (6,1%), 2B (24,2%) e 3 (3,0%). Segundo a classificação Trivedi, obtiveram-se os resultados: normal (46,9%), lesões ligeiras (18,8%), lesões moderadas (25,0%) e lesões graves (9,4%). Com exceção de um caso, todos os RN com lesão moderada a grave em neuroimagem apresentavam alterações no ND. Apesar da maioria das crianças com ND normal não apresentar lesões na RM-CE, 33,3% dos RN com imagem normal apresentavam alterações do ND, aos 18 – 36 meses de idade. Ambas as classificações demonstraram um bom valor preditivo para alterações moderadas a graves no ND, equiparável entre si. A classificação NICHD NRN obteve menor sensibilidade (67,0%) e maior especificidade (88,0%), em relação à classificação de Trivedi (78,0% de sensibilidade e 83,0% de especificidade), para os seus pontos de corte.Conclusão: O presente estudo confirma o valor da RM-CE como biomarcador preditivo do ND dos RN com EHI neonatal. Ambos os sistemas de classificação demonstraram ter um bom valor preditivo para alterações moderadas a graves do ND, equiparável entre si. A complementaridade entre a neuroimagem e a avaliação do ND são fundamentais.
Background: Neonatal hypoxic ischemic encephalopathy (HIE) in a term newborn (NB) is a frequent cause of brain damage at this age, with neurodevelopment (ND) implications. In the last decades, induced hypothermia has been the gold standard therapeutic and brain magnetic resonance imaging (MRI) the most used neuroimaging prognosis biomarker.Objectives: Evaluate the value of MRI, during the first three weeks of life of NB with neonatal HIE following therapeutic hypothermia, as a predictive biomarker of ND at 18 – 36 months, using the National Institute of Child Health and Human Development and Neonatal Research Network (NICHD NRN) score and the Trivedi score. Compare the predictive value of both MRI scores.Methods: We did a retrospective study using clinical data from patients born between 2012 and 2015, with neonatal HIE diagnosis, submitted to therapeutic hypothermia in the first 72 hours of life and brain MRI during the first three weeks of life and posterior follow-up at Consulta de Risco Biológico of CDC-HP-CHUC. The ND evaluation at 18 – 36 months was done using the Gross Motor Function Classification System, Ruth Griffiths Mental Development Scale and Vineland Adaptive Behavior Scale II. The patients were grouped in 3 categories: normal ND, mild impairment of ND and moderate to severe impairment of ND. The MRI images were classified according to the NICHD NRN and Trivedi scores. We analyzed the correlation between MRI scores and the level of neurodevelopmental impairment, as well as the prognostic value of both classification scores.Results: The studied sample started with 33 NB, from these, two died in the first two weeks of life. At 18 – 36 months of age, 42,4% of infants had normal ND, 30,3% mild neurodevelopmental impairment and 27,3% moderate to severe neurodevelopmental impairment. According to the NICHD NRN, score 45,5% were classified as normal, 1A (12,1%), 1B (9,1%), 2A (6,1%), 2B (24,2%) and 3 (3,0%). According to the Trivedi score, 46,9% were classified as normal, mild lesions (18,8%), moderate lesions (25,0%) and severe lesions (9,4%). Excepting one child, all NB with moderate to severe lesions in neuroimaging had neurodevelopmental impairment. Although most infants with normal ND didn’t have brain lesions detected in MRI, 33,3% of NB with normal MRI images had impairment of ND, between 18 – 36 months of age. Both scores are equivalent to each other in showing a good predictive value for moderate to severe neurodevelopmental impairment. The NICHD NRN score had less sensitivity (67,0%) and more specificity (88,0%), when compared to the Trivedi score (78,0% sensitivity and 83,0% specificity), for each of their cut-off points.Conclusion: This study confirms the value of cerebral MRI as a predictive biomarker of ND on NB with neonatal HIE. The two scores were equivalent and showed good predictive value for moderate to severe neurodevelopment impairment. Neuroimaging and clinical neurodevelopmental evaluation complement one another and are both essential.
Description: Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina
URI: https://hdl.handle.net/10316/82531
Rights: openAccess
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