Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/48178
Title: Diferenças no prognóstico cardiovascular entre diabéticos conhecidos e diabéticos recém diagnosticados após uma sindrome coronária aguda
Authors: Pissarra, António Pedro Sanches de Andrade 
Orientador: Monteiro, Pedro
Martins, Hélia
Keywords: Diagnóstico; Diabetes mellitus; Doença coronária
Issue Date: Mar-2013
Abstract: Introdução e Objectivos: A Diabetes Mellitus tipo 2 é atualmente reconhecida como um importante fator de risco de morbilidade e mortalidade cardiovascular, particularmente em doentes admitidos com síndromes coronárias agudas. No entanto, permanece incerto se o prognóstico cardiovascular dos doentes cuja primeira manifestação da diabetes é uma síndrome coronária aguda é igual ao dos indivíduos já reconhecidamente diabéticos. Métodos: Foram estudados 1822 doentes internados desde Maio de 2004 a Dezembro de 2010 com síndromes coronárias agudas numa unidade de cuidados intensivos coronários. O grupo dos diabéticos conhecidos foi denominado Grupo 1 e o dos recém diagnosticados como Grupo 2 (n=1450 e n=372, respectivamente). Foram diagnosticados como novos diabéticos tipo 2 os doentes com glicémia em jejum > 126 mg/dl ou provas de tolerância à glicose oral ≥ 200 mg/dl (2 horas após ingestão de 75g de glucose), ambos realizados no 3º/4º dia de internamento. Foram analisadas variáveis demográficas, laboratoriais e de imagem e os fatores de risco cardiovascular. O seguimento clínico mediano foi de 1234 dias. O endpoint primário foi a taxa de mortalidade cardiovascular. Como endpoint secundário considerou-se a taxa de reinternamento (quer por síndromes coronárias agudas como por insuficiência cardíaca). Resultados: Ambos os grupos apresentaram idades semelhantes mas o Grupo 1 apresentou mais elementos do sexo feminino (35.9 vs. 29.3%, p=0.02). No Grupo 1 verificou-se maior prevalência de fatores de risco cardiovascular (antecedentes familiares e pessoais de doença coronária, hipertensão arterial e dislipidémia), apesar de menos hábitos tabágicos. Relativamente aos parâmetros vitais apenas a frequência cardíaca era superior no Grupo 2 (81.1 ± 17.8 vs. 78.1 ± 16.2, p=0.003). O Grupo 2 apresentou-se mais frequentemente com enfarte agudo do miocárdio com supradesnivelamento ST (28.9 vs. 20.4%, p<0.001). As estatinas estavam mais presentes no Grupo 1 à data do evento (52.3 vs. 42.2%, p=0.004). A mortalidade cardiovascular foi superior no Grupo 2 durante o seguimento clinico (23.7 vs. 11.9%, log rank<0.001). Em análise multivariada, três variáveis mantiveram-se como fatores independentes de mortalidade cardiovascular durante o seguimento clínico: idade (p=0.01; OR de 1.32; IC 95% 1.15-3.22), FE<30% (p=0.023; OR de 1.22; IC 95% 1.05-1.82) e a duração da diabetes (p=0.045; OR de 1.42; IC 95% 1.05-2.02). Conclusões: Os doentes do Grupo 2 (diabéticos recém diagnosticados) apresentam maior mortalidade cardiovascular. Assim, este grupo de doentes nos quais a primeira manifestação da Diabetes Mellitus tipo 2 é uma síndrome coronária aguda representa um subgrupo de doentes de maior gravidade em que as complicações cardiovasculares ocorrem mais cedo.
Introduction and aims: Type 2 Diabetes is currently recognized as an important risk factor for cardiovascular morbidity and mortality, particularly in patients admitted with acute coronary syndromes. However, it remains unclear whether the cardiovascular prognosis of patients whose first manifestation of diabetes is an acute coronary syndrome is equal to the one of already known diabetics. Methods: We studied 1822 patients admitted from May 2004 to December 2010 with acute coronary syndromes in a coronary intensive care unit. The group of known diabetics was identified as Group 1 and the group of newly diagnosed as Group 2 (n=372 and n=1450, respectively). Newly diagnosed type 2 diabetics were identified based on fasting blood glucose > 126 mg/dl or oral glucose tolerance test ≥ 200 mg/dl (2 hours after ingestion of 75g of glucose), both held on the 3rd/4th day of hospitalization. We analyzed demographic, laboratory and imaging variables and cardiovascular risk factors. The median clinical follow-up was 1234 days. The primary endpoint is the cardiovascular mortality rate. The secondary endpoint is the rate of hospitalization (for acute coronary syndromes and/or heart failure). Results: Both groups had similar age but Group 1 had more females (35.9 vs. 29.3%, p=0.02). A higher prevalence of cardiovascular risk factors (familiar and personal history of coronary heart disease, hypertension and dyslipidaemia) was found in Group 1, but less smoking habits. In terms of vital parameters, in Group 2 only heart rate was higher (81.1 ± 17.8 vs. 78.1 ± 16.2, p=0.003). Group 2 presented more frequently with ST-segment elevation acute myocardial infarction (28.9 vs. 20.4%, p<0.001). Statins were more prevalent in Group 1 to the date of the event (52.3 vs. 42.2%, p=0.004). Cardiovascular mortality was higher in Group 2 during the clinical follow-up (23.7 vs. 11.9%, log rank<0.001). In multivariate analysis, three variables remained an independent factor of cardiovascular mortality during follow-up: age (p=0.01; OR 1.32; 95% CI 1.15-3.22), ejection fraction<30% (p=0.023; OR 1.22; 95% CI 1.05-1.82) and diabetes lenght (p=0.045; OR 1.42; 95% CI 1.05-2.02). Conclusions: Group 2 patients (newly diagnosed diabetics) have higher cardiovascular mortality. Thus, this group of patients in whom the first type 2 diabetes mellitus manifestation is an acute coronary syndrome represents a subset of patients with worse prognosis and earlier cardiovascular complications
Description: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina área científica de Cardiologia apresentado á Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/48178
Rights: openAccess
Appears in Collections:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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