Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/41167
Title: Zimpeto: O mercado abastecedor da arte de pensar e o Museu de Reinata que é ou não uma mulher emancipada? (porque ninguém se lembraria de perguntar se a Paula Rego é ou não uma mulher emancipada)
Authors: Cunha, Teresa 
Keywords: Género; Colonialismo; Feminismo; Pós-colonialismo
Issue Date: 2010
Publisher: Centro de Estudos Sociais
Serial title, monograph or event: Cabo dos Trabalhos
Issue: 4
Place of publication or event: Coimbra
Abstract: NEVER TRUST WOMEN mantinha as suas qualidades fosforescentes a qualquer hora do dia ou da noite. A frase colada no vidro traseiro do chapa - NEVER TRUST WOMEN – impõe, persistentemente à rota entre o Museu e o Zimpeto, a evocação da rebeldia e da suspeita de que a cada opressão se segue uma fúria e a transgressão. Neste trabalho procuro ensaiar e dar corpo ao conceito de aprender com o Sul, no sentido de encontrar outros ângulos de compreensão e de teorização – de retaguarda - sobre feminismos e a emancipação, exercitando uma epistemologia pós-colonial. Com base no trabalho de campo realizado em Maputo em 2008 e 2009 com vendedeiras e lideranças femininas dos mercados informais e de associações de base popular, tenho como objectivos, por um lado, discutir aquilo que designo pela poli-racionalidade da emancipação das mulheres, e por outro lado, a importância das capulanas tecidas, a urdidura que sustenta e faz a teia; os fios que vão e voltam, unindo na desigualdade de cores, texturas, grossuras e desenhos. A pluri-versatilidade de projectos de emancipação ou de conseguimentos emancipatórios das mulheres coloca-me um conjunto de questionamentos que pretendo reflectir e tematizar: a) O que fazer com a pretensão de uma teoria universal da emancipação das mulheres com base no atávico e planetário patriarcado?; b) Como lidar, sem desperdiçar a herança e subversão que aí também está contida, com as categorias gerais da emancipação das mulheres e o processo narrativo que lhe corresponde?; c) Procurar, reconhecer e pensar, como emancipatórias, experiências díspares, diferentes, não-alinhadas, demasiado locais, demasiado biográficas não pode resultar numa fractura conservadora e de reforço da hegemonia masculina? A reflexão sobre estes três questionamentos suscita-me um ensaio teorizador com base nas seguintes ferramentas: a) Uma Sociologia dos Resgates que pensa o lugar do passado no presente e a ecologia da enunciação da emancipação - porque esta tem que ser compreensível, concreta e resultar na felicidade das pessoas; b) Uma Sociologia da Ambiguidade que sustente e suporte percursos e projectos desalinhados e incertos quanto aos métodos e aos resultados; c) Uma Sociologia das Caixas de Ressonância que pensa as formas de amplificação de cada uma das vozes e gritos para que nenhuma pessoa se possa sentir desamparada; procura formas e teares simbólicos, imateriais e físicos de união, cooperação, questionamento e compaixão.
URI: https://hdl.handle.net/10316/41167
ISSN: 2182-9187
Rights: openAccess
Appears in Collections:I&D CES - Vários

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