Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/35390
Título: Vinculação e comportamentos autolesivos: estudo numa amostra de reclusos preventivos e condenados
Autor: Gomes, Vânia Sofia Silva 
Orientador: Simões, Mário Manuel Rodrigues
Almiro, Pedro Armelim
Palavras-chave: Comportamentos autolesivos; Padrões de vinculação; Prisão
Data: 2016
Título da revista, periódico, livro ou evento: Vinculação e comportamentos autolesivos: estudo numa amostra de reclusos preventivos e condenados
Local de edição ou do evento: Coimbra
Resumo: Um estado emocional equilibrado encontra-se frequentemente associado ao processo de vinculação saudável durante a fase de desenvolvimento. Quando a vinculação é afetada, devido à exposição da criança a eventos traumáticos, tais como a história de separação ou de negligência de um cuidador primário, pode constituir um fator de risco para o desenvolvimento de psicopatologia em adulto, assim como para o consumo de substâncias, numa tentativa de substituição do prazer obtido por meio das relações de proximidade, características de um padrão de vinculação seguro. Por outro lado, a perceção de insegurança sentida pelo indivíduo nas suas relações interpessoais, ao longo do ciclo vital, pode conduzir a comportamentos autolesivos. Os estudos efetuados em Portugal na população prisional são escassos, sobretudo no que respeita ao suicídio. A literatura tem identificado que em meio prisional, os comportamentos autolesivos são mais recorrentes quando comparados com a população geral, pelo que se torna urgente avaliar a dimensão do problema, de modo a desenvolver estratégias de prevenção. Desta forma, partindo do estudo de Ferraz (2015), considerámos de grande relevância analisar qual o contributo do padrão de vinculação presente na idade adulta, na adoção deste tipo de comportamentos em reclusão. Pretendemos também perceber de que forma o consumo de substâncias psicoativas, a toma de medicação psiquiátrica, as tentativas prévias de autolesão e as variáveis criminais influenciam a manifestação de comportamentos autolesivos em contexto forense. Para o efeito, foram recolhidos dados no Estabelecimento Prisional de Coimbra e no Estabelecimento Prisional Regional de Aveiro, perfazendo um total de 154 sujeitos. O protocolo de avaliação incluiu um questionário sociodemográfico elaborado para o efeito; a Escala de Vinculação do Adulto (EVA; versão portuguesa, Canavarro, Dias, & Lima); a Escala de Comportamentos Autolesivos (ECAL; Ferraz & M.R. Simões, 2015) e a Escala de Desejabilidade Social de 20 itens (EDS-20; Almiro, M.R. Simões, & Sousa, 2014). Os resultados sugerem que os indivíduos com um padrão de vinculação inseguro-ansioso apresentam maior risco para a prática de comportamentos autolesivos. Do mesmo modo, a ingestão de medicação psiquiátrica, a toxicodependência e a história prévia de autolesão apresentam-se como fatores de risco para a ocorrência deste tipo de comportamentos.
A balanced emotional state is often associated with healthy attachment process during the development phase. When this is affected due to the child's exposure to traumatic events, such as a history of separation or neglect of the initial caretaker, they may be a risk factor for the development of psychopathology in adults, as well as to substance abuse in an attempt to replace the pleasure obtained through close relationships characteristics of a secure attachment. The perception of insecurity felt by the individual in their interpersonal relationships throughout their life cycle can lead to self-harming behavior. Unfortunately, studies made to prison population are scarce in Portugal especially with regards to suicide. Literature has identified that in prison the self-harming behaviors are most frequent comparatively to the general population, so it is an urgent issue to assess the scale of the problem in order to develop prevention strategies. Taking into consideration Ferraz' studies (2015), we consider of great importance to analyze what pattern contributes to this link in adulthood and the reason as to why this type of behavior is adopted in prison. We also intend to understand how the use of psychoactive substances, taking psychiatric medication, previous attempts of self-injury and criminal variables influence the manifestation of self-harming behavior in the forensic context. To this end, data were collected in the Coimbra and Aveiro Prisons, a total of 154 subjects. The evaluation protocol included a sociodemographic questionnaire prepared for that purpose; the Adult Attachment Scale (EVA; Portuguese version, Canavarro, Dias, & Lima); Self-harming Behavior Questionnaire (ECAL; Ferraz & M.R. Simões, 2015) and the Social Desirability Scale of 20 items (EDS-20; Almiro, M.R. Simões, & Sousa, 2014). The results suggest that individuals with an insecure-anxiety attachment pattern are more at risk in developing self-harming behavior. Similarly, the psychiatric medication intake, drug abuse and a history of self-injury are presented as risk factors for the occurrence of this type of behavior.
Descrição: Dissertação de mestrado em Psicologia Clínica e da Saúde (Psicologia Forense), apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/35390
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FPCEUC - Teses de Mestrado

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