Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/33418
Título: Medicina centrada na pessoa: como julgam os médicos a percepção dos consulentes?
Autor: Alves, Carolina dos Santos Folques 
Orientador: Santiago, Luiz Miguel
Rosendo, Inês
Palavras-chave: Medicina Geral e Familiar; Medicina Centrada no Paciente; Método Clínico Centrado no Paciente; Consulta; Relação Médico-Doente; Cuidados de Saúde Primários
Data: Mar-2016
Resumo: Introdução: A Medicina Centrada na Pessoa (MCP), método clínico que contempla de forma integral as necessidades, preocupações e vivências de cada consulente em relação com a saúde, começa a assumir-se como central na prática clínica, especialmente em Medicina Geral e Familiar. Objectivos: O objectivo deste estudo é o de verificar a acuidade dos médicos na previsão da percepção do MCP pelos consulentes. Tipo de Estudo: Observacional, multicêntrico. Métodos: Aplicou-se o questionário MCP-PT a 525 consulentes e 26 médicos em Unidades Funcionais de cinco ACeS da ARS da Região Centro de Portugal. Obtiveram-se duas amostras de diferentes sujeitos (médicos e consulentes) – os consulentes foram inquiridos acerca de como experienciaram o MCP, os médicos foram questionados acerca de como julgavam que os seus consulentes iriam responder. Fez-se estatística descritiva e inferencial dos dados obtidos. Resultados: A amostra é composta por 458 utentes, na sua maioria indivíduos do sexo feminino (61,1%), com idades compreendidas entre os 36 e 65 anos (53,6%) e o 9º ano de escolaridade (36,7%), a tomar medicação regularmente (67,8%). A maioria dos questionários foi aplicada no contexto de uma consulta de MGF (60,5%). A média dos valores que os consulentes atribuíram a cada domínio do MCP foi sempre superior à que os médicos julgaram – os médicos subclassificaram a sua performance na aplicação do MCP na consulta, em todos os domínios. A correlação entre os valores da aplicação do questionário a médicos e consulentes é estatisticamente não significativa, pelo que as variáveis são independentes. Discussão: A atitude “centrada na pessoa” é captada pelo consulente, contudo o médico não está plenamente consciente da forma como esta informação é veiculada, tendencialmente subestimando os seus resultados. O médico não julga a aplicação do MCP como os consulentes o sentem e estes fazem uma avaliação mais positiva da sua realização. Conclusão: Na amostra em estudo, os médicos identificam o reconhecimento do MCP pelos seus consulentes. No entanto, parecem subestimar a própria aptidão para o transmitir, julgando-a sempre inferior. Este é um dado crucial para a revisão de competências e evolução dos cuidados em saúde. Objectives: The Patient-Centered Medicine (PCM), or Person-Centered Medicine, a clinical method that fully covers the needs, concerns and experiences of each patient in relation to health, positions itself as central in clinical practice, especially in General and Family Practice. The aim of this study is to verify the accuracy of physicians in predicting the patients’ perception of PCM. Design: Observational, multicenter. Methods: We applied the PCM-PT questionnaire to 525 patients and 26 doctors in Primary Health Care Units in Portugal’s Central Region, between January and February 2016. Two samples of different subjects were obtained (patients and doctors) - patients being asked about how did they experienced the PCM and doctors about how did they thought that their patients had responded. The data was analyzed using both descriptive and inferential statistics. Results: A sample of 458 patients, mostly female (61.1%), aged between 36 and 65 years (53.6%), with more prevalent 9th school grade (36.7%) and taking medication regularly (67.8%) was studied. Most questionnaires were applied in the context of a family medicine consultation (60.5%). The mean values that the patients assigned to each MCP domain were always higher than what physicians judged - doctors sub-classified their performance in the application of PCM during consultation in all areas. The correlation between the values of application of questionnaire to doctors and patients is statistically not significant, so the variables are independent. Conclusions: In this study sample, doctors identify the recognition of the PCM by their patients. However, they appear to underestimate their own ability to transmit it, judging it always lower. These are important data for quality-assessment reviews for healthcare interventions and future improvements in practical clinical methods.
Descrição: Trabalho de revisão do 6º ano médico com vista à atribuição do grau de mestre (área científica de medicina geral e familiar) no âmbito do ciclo de estudos de Mestrado Integrado em Medicina.
URI: https://hdl.handle.net/10316/33418
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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