Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/30631
Título: Fibrilhação auricular e doenças não cardiovasculares
Autor: Ferreira, Cátia Andreia dos Santos 
Orientador: Gonçalves, Lino
Providência, Rui
Palavras-chave: Fibrilhação auricular; doenças não cardiovasculares; cancro; sépsis; doença pulmonar obstrutiva crónica; síndrome da apneia obstrutiva do sono; doença renal crónica; terapêutica antitrombótica
Data: 2015
Resumo: A fibrilhação auricular (FA) é a arritmia cardíaca mais comum e está associada a um prognóstico adverso, aumentando o risco de acidente vascular cerebral e a mortalidade. Apesar de tradicionalmente se associar a FA a patologias cardiovasculares, também se verifica uma incidência aumentada de FA em determinadas patologias não cardiovasculares bastante prevalentes na população geral, nomeadamente no cancro, na sépsis, na doença pulmonar obstrutiva crónica, na síndrome da apneia obstrutiva do sono e na doença renal crónica. Assim, um número considerável de doentes é afetado por ambas as doenças e consequentemente está exposto a um maior risco de eventos adversos. Os autores realizaram uma revisão sistemática da literatura de forma a melhor elucidar esta coexistência. Existem diversos mecanismos que parecem contribuir para a coexistência de FA com estas patologias não cardiovasculares. As comorbilidades, a idade avançada, a disfunção autonómica, a disfunção eletrolítica e a inflamação são condições transversais a todas as patologias e podem predispor à FA. O tratamento de FA nestes doentes constitui um desafio clínico, especialmente em relação à terapêutica antitrombótica, uma vez que os scores de estratificação de risco tromboembólico como o CHADS2 ou CHADS2DS2VASC, bem como os de risco hemorrágico como o HAS-BLED, apresentam limitações quando aplicados nas patologias em questão. A evidência nesta área ainda é escassa, sendo que várias temáticas precisam de ser esclarecidas com maior pormenor em investigações futuras, em particular a epidemiologia, a patogénese, prevenção e tratamento.
Atrial fibrillation (AF) is the most common cardiac arrhythmia and is associated with an adverse prognosis, increasing the risk of stroke and death. Although it is traditionally associated with cardiovascular disease, AF also occurs with increased frequency in certain non cardiovascular diseases quite prevalent in the general population, such as cancer, sepsis, chronic obstructive pulmonary disease, obstructive sleep apnea and chronic kidney disease. Both diseases affect a significant number of patients and those patients are consequently at higher risk for adverse outcomes. The authors made a systematic review of the literature to better elucidate this coexistence. There are many underlying mechanisms in these non cardiovascular diseases that seem to induce AF. Comorbidities, advanced age, autonomic dysfunction, electrolytic abnormalities and inflammation are common to all conditions and may predispose to AF. The treatment of AF in these patients represents a clinical challenge, especially in terms of antithrombotic therapy, since the thromboembolic risk-prediction scores, such as CHADS2 or CHADS2DS2VASC, as well as the hemorrhagic scores such as HAS-BLED, may not be adequate in these conditions. The evidence in this area is still scarce and further investigation is needed to understand it better, particularly in terms of epidemiology, pathophysiology, prevention and treatment.
Descrição: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Cardiologia), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/30631
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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