Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/30624
Título: Prevalência e correlatos da insónia em jovens adultos
Autor: Rego, Susana Páscoa Soares do 
Orientador: Azevedo, Maria Helena Pinto de
Palavras-chave: Sono; Auto-percepção de insónia; Auto-percepção de saúde; Sonolência diurna subjectiva; Factores psicológicos
Data: 2014
Resumo: Objectivo: O objectivo deste estudo foi examinar os factores associados à auto-percepção de insónia numa amostra de estudantes universitários. Metodologia: 467 indivíduos do sexo feminino e 247 do sexo masculino, estudantes de medicina (idade média 19.29 anos; DP=±1.256), completaram uma série de questionários que avaliaram a insónia (item do Inventário de Personalidade de Eysenck “Sofro de insónias”, respostas variando entre Quase nunca e Quase sempre), outros aspectos de sono-vigília (duração habitual do sono, necessidades de sono, profundidade do sono, qualidade subjectiva do sono, latência do sono, acordares nocturnos, inércia do sono, sonolência diurna, flexibilidade do sono, cronótipo, reactividade do sono ao stresse), activação pré-sono (activação cognitiva/somática), predisposição à activação, coping, neuroticismo, extroversão, auto-percepção de saúde física/mental, stresse académico e humor/afecto. Resultados: A insónia foi relatada por 10.5% dos estudantes do sexo feminino (Muitas vezes=9.2%, Quase sempre=1.3%) e 9.8% do sexo masculino (Muitas vezes=7.8%, Quase sempre=2.0%). Não foram encontradas diferenças significativas entre os sexos. A insónia estava significativamente correlacionada com a auto-percepção do estado de saúde e a maioria das variáveis sono-vigília (excepto necessidades de sono, preferências temporais para trabalho mental/ritmos fisiológicos, cronótipo e propensão para sonolência diurna), sendo os coeficientes mais elevados com a perturbação do sono por preocupações e índice de qualidade do sono. Também mostrou estar relacionada com quase todas as variáveis psicológicas investigadas. Todavia, a análise de regressão múltipla stepwise mostrou que apenas seis variáveis eram preditores significativos de insónia: activação cognitiva (=.372; p<.001); neuroticismo/NEO-PI-R na faceta ansiedade/N1 (=.085; p=.061); auto-percepção de saúde física (=-.075; p=.057); tendência para preocupação geral (=.086; p=.051); activação somática (=.099; p=.023) e afecto positivo (=-.085; p=.035). Estas variáveis explicaram, no conjunto, 29.8% da variância nas pontuações da insónia. Conclusões: Nesta amostra de jovens adultos a prevalência da auto-percepção de insónia foi de 10.2%. Conforme os resultados indicaram, a insónia como definida pelos indivíduos está relacionada com a perturbação do sono por preocupações e má qualidade do sono; a sonolência diurna percebida, mas não a propensão para sonolência diurna, estava significativamente relacionada com insónia. A activação pré-sono cognitiva/somática, ansiedade traço, auto-percepção de saúde física, tendência para preocupação geral e afecto positivo juntos revelaram-se preditores significativos da insónia.
Aim: The aim of this study was to examine the factors associated with self-reported insomnia in a sample of university students. Method: 467 females and 247 males, medical students (mean age 19.29 years; SD=±1.256), completed a series of questionnaires that assessed insomnia (item from the Eysenck Personality Inventory «Do you suffer from sleeplessness/insomnia?», responses ranging from Almost never to Almost always), other sleep-wake aspects (habitual sleep duration, sleep needs, sleep depth, subjective sleep quality, sleep latency, night awakenings, sleep inertia, daytime sleepiness, sleep flexibility, chronotype, sleep reactivity to stress), pre-sleep arousal (cognitive/somatic arousal), arousability predisposition, coping, neuroticism, extraversion, perceived physical/mental health, academic stress and mood/affect. Results: Insomnia was reported by 10.5% of females (Quite often=9.2%, Almost always=1.3%) and 9.8% of male students (Quite often=7.8%, Almost always=2.0%). No significant differences were found between genders. Insomnia was significantly correlated with perceived health and the majority of sleep-wake variables, being highest with sleep loss over worry and the sleep quality index. Most correlations between the psychological traits under study and insomnia were also significant. Results from the regression analyses, however, revealed that only six variables were significant predictors of insomnia: cognitive arousal (=.372; p<.001); neuroticism/NEO-PI-R at the facet level anxiety/N1 (=.085; p=.061); perceived physical health (=-.075; p=.057); tendency to worry (=.086; p=.051); somatic arousal (=.099; p=.023) and positive affect (=-.085; p=.035). Together these variables accounted for 29.8% of the variance of insomnia scores. Conclusions: 10.2% of the students reported insomnia. Insomnia as defined by participants was strongly correlated with sleep loss over worry and poor sleep quality; perceived daytime sleepiness, but not daytime sleep propensity was significantly correlated with insomnia. Finally, the results showed that pre-sleep cognitive/somatic arousal, trait anxiety, perceived physical health, tendency to worry and positive affect were significant predictors of self-reported insomnia.
Descrição: Trabalho final de mestrado integrado em Medicina (Psicologia Médica), apresentado à Faculdade de Medicina da Universidade de Coimbra.
URI: https://hdl.handle.net/10316/30624
Direitos: openAccess
Aparece nas coleções:UC - Dissertações de Mestrado
FMUC Medicina - Teses de Mestrado

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