Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/27775
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dc.contributor.advisorCanavarro, Maria Cristina-
dc.contributor.authorGuedes, Maryse de Melo-
dc.date.accessioned2014-12-04T09:56:53Z-
dc.date.available2014-12-04T09:56:53Z-
dc.date.issued2015-05-06-
dc.date.submitted2014-12-04-
dc.identifier.citationGUEDES, Maryse de Melo - Nascimento do primeiro filho em idade materna avançada : percursos conducentes à sua ocorrência e adaptação dos casais nos primeiros seis meses de vida do bebé. Coimbra : [s.n.], 2015. Tese de doutoramento. Disponível na WWW: http://hdl.handle.net/10316/27775-
dc.identifier.urihttps://hdl.handle.net/10316/27775-
dc.descriptionTese de doutoramento em Psicologia, especialização em Psicologia Clínica, área temática de Psicologia da Família e Intervenção Familiar, apresentada à Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação da Universidade de Coimbra-
dc.description.abstractIntrodução: O nascimento do primeiro filho em idade materna avançada (IMA, ≥ 35 anos) é uma tendência reprodutiva cada vez mais comum na maioria dos países da Europa. Além de constituir uma preocupação social e de saúde emergente, este comportamento reprodutivo é complexo e associa-se a desafios e recursos específicos que podem conferir contornos particulares às mudanças potencialmente indutoras de stress que a transição para a parentalidade comporta. Com base numa perspetiva desenvolvimental e ecológica e no contributo específico dos modelos traços-desejos-intenções-comportamentos e de stress familiar, esta investigação teve como objetivos gerais conhecer os antecedentes do nascimento do primeiro filho em IMA e compreender o processo de adaptação dos casais nesta fase do ciclo de vida, desde o terceiro trimestre de gravidez até aos seis meses de vida do bebé. Metodologia: Esta investigação baseou-se num desenho prospetivo longitudinal, composto por quatro momentos de avaliação: diagnóstico pré-natal, terceiro trimestre de gravidez, um mês e seis meses após o parto. Dos 128 casais colaboraram no momento do diagnóstico pré-natal, 58 participaram em todos os momentos de avaliação. Foi igualmente constituído um grupo de controlo, composto por casais que experienciaram a transição para a parentalidade em idades maternas mais jovens (20-34 anos). Além de dados sociodemográficos e clínicos, foi recolhida informação acerca dos antecedentes motivacionais da gravidez (motivações para a parentalidade e perceções acerca do seu momento) e do conhecimento acerca dos riscos reprodutivos relacionados com a idade materna. Foram igualmente avaliados os recursos dos casais (competências pessoais e recursos sociais) e a sua adaptação individual (sintomatologia psicopatológica e qualidade de vida), conjugal (ajustamento diádico) e parental (dificuldade, competência e gratificação parental). Resultados: Destacamos os seguintes resultados: 1) o nascimento do primeiro filho em IMA enquadrou-se num contexto profissional mais estável do que em idades mais jovens mas associou-se a percursos conjugais e reprodutivos mais complexos que coexistem com fortes lacunas no conhecimento acerca dos riscos relacionados com a idade materna; 2) embora os casais tenham atribuído menor importância à parentalidade (nomeadamente aos benefícios para a realização pessoal e relação conjugal) em IMA, os fatores mais influentes no planeamento (desejo partilhado de ter filhos e relação certa, independência e segurança financeira) e na satisfação com o momento da gravidez (expectativas sociais e licença parental, problemas de saúde reprodutiva) foram semelhantes em ambas as faixas etárias; 3) porém, o momento da parentalidade foi menos satisfatório em IMA e cerca de metade dos casais referiu que gostaria que a gravidez atual tivesse ocorrido mais cedo; 4) foram identificados dois perfis de casais que experienciaram a parentalidade em IMA (com ou sem história de infertilidade) cujos percursos se associam a diferentes padrões motivacionais (realista ou desligado) face à parentalidade; 5) a adaptação individual, conjugal e parental dos casais de ambas as faixas etárias foi comparável ao longo do tempo mas os casais com história de infertilidade descreveram mais dificuldades de adaptação parental no pós-parto imediato em IMA; 6) embora as semelhanças e diferenças de género tenham sido comparáveis em ambas as faixas etárias, o conhecimento dos homens acerca dos riscos influenciou a adaptação de ambos os membros dos casais durante a gravidez em IMA e as competências pessoais masculinas revestiram-se de maior relevância para a sua adaptação no pós-parto imediato nesta fase do ciclo de vida. Conclusões: Estes resultados sublinham que o nascimento do primeiro filho em IMA é um comportamento reprodutivo pouco informado e resulta de uma diversidade de influências que nem sempre estão sob o controlo dos casais e nem sempre possibilitam que o momento da parentalidade seja congruente com as suas preferências. As políticas sociais e de saúde devem ser ajustadas, de modo a minimizar os obstáculos à concretização mais precoce do projeto de parentalidade e a promover decisões informadas acerca do seu momento. Durante a transição para a parentalidade, os profissionais de saúde devem reconhecer que a adaptação em IMA é comparável àquela que se verifica em idades mais jovens e que a sua variabilidade depende dos percursos conducentes à sua ocorrência e dos recursos dos casais. As especificidades da experiência masculina em IMA devem ser objeto de investigação futura e de atenção por parte dos profissionais de saúde. As intervenções psicoeducativas focadas no casal podem facilitar a adaptação à transição para a parentalidade nas diferentes faixas etárias e constituir-se como um contexto privilegiado para a identificação de casais com maior risco de inadaptação e/ou com dificuldades suscetíveis de legitimar uma intervenção psicológica estruturada.por
dc.description.abstractBackground: First childbirth at advanced maternal age (AMA, ≥ 35 years) is an increasing reproductive trend in most European countries. Beyond being an emerging social and health concern, this reproductive behaviour is complex and has been associated with specific challenges and resources that may influence the stressful nature of the changes related to the transition to parenthood. Based on a developmental and ecological approach and on the specific contribution of traits-desires-intentions-behaviours and family stress models, this study aimed to clarify the antecedents of first childbirth at AMA and to understand couples’ adaptation at this stage of the lifecycle, from the third trimester of pregnancy to six months post-birth. Methods: This study was based on a longitudinal prospective design with four assessment times: prenatal diagnosis, third trimester of pregnancy, one and six months post-birth. From the 128 couples who collaborated at the timing of prenatal diagnosis, 58 participated in all assessment times. A comparison group (couples who experienced the transition to parenthood at younger maternal ages, that is, between 20 to 34 years) was also recruited. Beyond sociodemographic and clinical data, information was gathered on motivational antecedents of pregnancy (childbearing motivations and perceptions about the timing of childbearing) and on knowledge about maternal age-related risks. Couples’ resources (personal competences and social resources) and individual (psychopathological symptoms and quality of life), marital (dyadic adjustment) and parental (parental difficulty, competence and gratification) were also assessed. Results: We highlight the following findings: 1) first childbirth at AMA occurred in a more stable professional context than at younger maternal ages but was related to more complex marital and reproductive trajectories that coexisted with knowledge gaps on maternal age-related risks; 2) although couples attributed less importance to parenthood at AMA (namely to its benefits for personal fulfillment and marital relationship), the factors that had a higher influence on the planning (shared desire to have children and suitable relationship, independence and financial security) and on the satisfaction with the timing of childbearing (social expectations and parental leave, reproductive health problems) were similar at both age ranges; 3) however, the timing of childbearing was less satisfactory at AMA e nearly half of the couples would have liked that the current pregnancy has occurred earlier; 4) two profiles of couples who experienced parenthood at AMA were identified (with or without infertility history) whose trajectories were associated with different motivational patterns (realistic or disengaged) towards childbearing; 5) the individual, marital and parental adaptation of couples was comparable at both age ranges across time but couples with infertility history described more difficulties in the adaptation to the parental role during early postpartum at AMA; 6) although the gender similarities and differences were comparable at both age ranges, men’s risk knowledge influenced the adaptation of both members of the couples at AMA and male personal competences were more relevant for their adaptation during early postpartum at this stage of the lifecycle. Conclusions: These findings highlight that first childbirth at AMA is a relatively uninformed reproductive behaviour and results from a diversity of influences that are sometimes beyond couples’ control, so that the timing of childbearing is not always congruent with their preferences. Social and health policies should be adjusted to minimize the barriers that inhibit the earlier consecution of the childbearing project and to promote informed decisions about its timing. During the transition to parenthood, healthcare providers should recognize that the adaptation is comparable at AMA and at younger maternal ages and that its variability depends on the trajectories that precede its occurrence and on couples’ resources. The specificities of men’s experience at AMA should be better investigated and should deserve the attention from healthcare providers. Couple-focused psychoeducative interventions may ease the adaptation to the transition to parenthood at different age ranges and may be a privileged context for the identification of couples at higher risk of adaptation difficulties and/or who face difficulties that may deserve a structured psychological intervention.-
dc.description.sponsorshipFCT - SFRH/BD/68912/2010-
dc.language.isoporpor
dc.rightsopenAccess-
dc.subjectIdade materna avançadapor
dc.subjecttransição para a parentalidadepor
dc.subjectantecedentes motivacionaispor
dc.subjectadaptação individual, conjugal e parentalpor
dc.subjectcasalpor
dc.subjectAdvanced maternal age-
dc.subjecttransition to parenthood-
dc.subjectmotivational antecedents-
dc.subjectindividual, marital and parental adaptation-
dc.titleNascimento do primeiro filho em idade materna avançada: Percursos conducentes à sua ocorrência e adaptação dos casais nos primeiros seis meses de vida do bebépor
dc.typedoctoralThesispor
dc.identifier.tid101449550-
item.openairecristypehttp://purl.org/coar/resource_type/c_18cf-
item.openairetypedoctoralThesis-
item.cerifentitytypePublications-
item.grantfulltextopen-
item.fulltextCom Texto completo-
item.languageiso639-1pt-
crisitem.advisor.researchunitCenter for Research in Neuropsychology and Cognitive Behavioral Intervention-
crisitem.advisor.orcid0000-0002-5083-7322-
crisitem.author.orcid0000-0003-3242-2016-
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