Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/26973
Título: Estimativa osteométrica da idade de fetos humanos: método baseado em medições radiográficas de ossos longos
Autor: Carneiro, Cristiana 
Orientador: Cunha, Eugénia
Palavras-chave: Fetos; Estimativa da idade; Diáfises Ossos Longos; Radiografias; Equações de regressão; Antropologia forense
Data: 10-Mar-2015
Citação: CARNEIRO, Cristiana Fontoura Rodrigues - Estimativa osteométrica da idade de fetos humanos : método baseado em medições radiográficas de ossos longos. Coimbra : [s.n.], 2014. Tese de doutoramento. Disponível na WWW em: <http://hdl.handle.net/10316/26973>.
Resumo: A estimativa da idade gestacional (IG) em restos cadavéricos fetais é importante em contextos forenses, sobretudo para avaliar a viabilidade fetal, para além de ser frequentemente o único parâmetro do perfil biológico que se pode estimar com algum rigor. Os métodos mais utilizados para a estimativa da idade fetal incluem a avaliação do padrão de calcificação dentária e o estudo da maturação e do crescimento do esqueleto. Nestes últimos, o comprimento das diáfises de ossos longos é um dos métodos mais utilizados, através do uso de tabelas e equações de regressão de obras pouco actuais calculadas a partir de ossos secos, ou métodos baseados em dados ecográficos, cujas medições diferem das efetuadas diretamente no osso. O principal propósito deste estudo consistiu na apresentação de um método simples e objetivo de estimativa da IG a partir da medição do comprimento máximo das diáfises de fémur, tíbia, fíbula, úmero, ulna e rádio. Para esse efeito foram desenvolvidas equações de regressão linear simples, por calibração clássica e inversa, tendo sido também construídas tabelas de consulta rápida. O presente estudo, de natureza retrospetiva, incide sobre uma amostra composta por 257 fetos (136 femininos e 121 masculinos) de IG conhecidas e compreendidas entre as 12 e as 40 semanas, que foi selecionada com base em informações clínica e anatomopatológica, excluindo-se aqueles cujo normal crescimento se encontrava efetiva ou potencialmente comprometido. As medições foram realizadas em imagem radiográfica com craveira de ecrã, com base num método validado. Os resultados confirmaram uma forte correlação entre o comprimento das diáfises estudadas e a IG, apresentando o fémur a associação mais forte (r=0,967; p<0,01) e o rádio a mais fraca (r=0,949; p<0,01). O coeficiente de determinação R2 mostrou ser muito elevado (igual ou superior a 0,90) para todas as diáfises. As novas equações foram testadas e comparadas às de Scheuer e colaboradores (1980), Adalian (2001) e Fazekas e Kósa (1978) utilizando uma amostra composta por 30 fetos de IG conhecida. Os resultados mostraram que as novas equações funcionam melhor que as de outros autores, exceto no caso do rádio, onde a fórmula de Fazekas e Kósa (1978) apresentou um valor de resíduo médio ligeiramente inferior. De um modo geral, as equações de calibração inversa funcionam melhor que as de calibração clássica. A aplicabilidade das novas equações a ossos secos foi testada em duas amostras arqueológicas, uma das quais identificada, resultando em diferenças médias de 3 semanas. Também se testou a possibilidade de utilizar as equações em fetos com patologias que podem afetar o crescimento ósseo, originando resultados muito satisfatórios. Por fim, construiu-se uma tabela com valores de referência para cada uma das diáfises em análise, para 7 grupos etários (em semanas). Concluindo, foi possível atingir os objectivos pretendidos com a obtenção das equações de regressão e das tabelas com valores de referência para os ossos estudados. Os resultados alcançados são de grande aplicabilidade em contexto forense.
Gestational age (GA) estimation in fetal skeletal remains is important in forensic settings, particularly to assess fetal viability, in addition to often being the only biological profile parameter that can be estimated with some accuracy. Methods used for fetal age estimation include examining the pattern of tooth calcification and the study of skeletal maturation and growth. In the latter, the length of long bones diaphysis is one of the most frequently used methods, through the use of tables and regression equations of some ancient works calculated from dry bones, or methods based on ultrasound data, which differ from measurements made directly on the bone. The main purpose of this study was to present a simple and objective method for estimating the GA based on the measurement of the maximum length of the diaphysis of the femur, tibia, fibula, humerus, ulna and radius. For this purpose, simple linear regression equations for classical and inverse calibration were developed and quick reference tables having been constructed. This retrospective study focuses on a sample composed of 257 fetuses (136 female and 121 male) from known GA, understood between 12 and 40 weeks, which was selected based on clinical and pathological information, excluding those whose normal growth was found or potentially compromised. The measurements were performed on radiographic image with screen caliper, based on a validated method. The results confirmed a strong correlation between GA and the length of the shafts studied, with the femur showing the strongest association (r = 0.967, p <0.01), and the radius showing the weakest (r=0,949; p<0,01). The coefficient of determination R2 was found to be very high (greater than or equal to 0.90) for all shafts. The new equations were tested and compared to those of Scheuer and coworkers (1980), Adalian (2001) and Fazekas and Kósa (1978) using a sample of 30 fetuses of known GA. The results showed that the new equations work better than the others, except in the case of the radius, where Kósa and Fazekas formula (1978) showed a value of slightly less than average residue. In general, the inverse calibration equations function better than the classic calibration ones. The applicability of the new equations on dry bones was tested using two archaeological samples, one of which is identified, resulting in mean differences of 3 weeks. The possibility of using the new equations in fetuses with disorders that may affect bone growth was also tested, and the results were very satisfactory. Finally, we constructed a table with reference values for each of the bones in question, for seven age groups (in weeks). In conclusion, it was possible to achieve the objectives pursued by obtaining the regression equations and tables with reference values for the studied bones. The results obtained are of great applicability in the forensic context.
Descrição: Tese de doutoramento em Antropologia, apresentada à Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/26973
Direitos: openAccess
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