O sexo dos deuses romanos

Abstract

Na senda traçada por Sabino Perea, no livro “El Sexo Divino”, defende-se a ideia de que, entre os Romanos, as divindades não eram concebidas como tendo sexo. Ou melhor: os Romanos interpretavam-nas como sendo do sexo feminino ou do masculino. Daí o uso da expressão sive deus sive dea ou o recurso a fórmulas como diis deabusque. Considera-se também que, por exemplo, uma dedicatória Arentio et Arentiae não o é a um par divino, mas sim à mesma divindade na sua forma masculina e feminina. Dão-se exemplos em como o lapicida, inclusive através da utilização de siglas ou omitindo a desinência final do teónimo, preferiu optar pela ambiguidade – estratagema, aliás, mais adoptado pelos Romanos do que, à primeira vista, poderia parecer.