Gentes e divindades na Lusitânia pré-romana ocidental

Abstract

Apresentam-se quatro exemplos de monumentos epigráficos romanos. Pretende-se mostrar, com os dois primeiros, como se torna cada vez mais necessário sermos prudentes na atribuição de carácter pré-romano a antropónimos que surgem pela primeira vez na Península Ibérica e que, afinal, agora que a investigação dispõe de maiores meios, se verifica serem latinos. O terceiro exemplo é o de uma tessera, passível de integrar-se no âmbito das tesserae paganicae, com todo o cortejo de questões que esse tipo de monumento levanta. As duas aras de Alcains — o quarto exemplo — levam-nos a reconsiderar a questão de as gentilitates pré-romanas serem identificadas pelo nome do seu antepassado fundador e assim se compreender melhor a epígrafe http://eda-bea.es/, nº 22 943. Four exemplars of roman epigraphic monuments are presented. Two of them can instigate us to be more prudent in considering indigenous names that by the first time are documented in Hispania, because they can be Latin, as the recent and larger investigation learns us. Third example: a tessera that possibly we classify as a tessera paganica, with the questions that this kind of documentation carries to us. Two monuments of Alcains (civitas Igaeditanorum) can demonstrate that indigenous gentilitates had their name of their first ancestor and, therefore, we can better understand http://eda-bea.es/, nº 22 943.