Utilize este identificador para referenciar este registo: https://hdl.handle.net/10316/1731
Título: Ecologia pelágica do braço sul do estuário do rio Mondego
Autor: Azeiteiro, Ulisses Manuel Miranda 
Orientador: Ré, Pedro Miguel Alfaia Barcia
Marques, João Carlos
Palavras-chave: Ecologia; Biologia
Data: 21-Out-1999
Citação: Ecologia pelágica do braço sul do estuário do rio Mondego. Coimbra, ed. aut., 1999.
Resumo: No sentido da caracterização ambiental do braço sul do estuário do Mondego foi estudada a variação espacial e temporal da temperatura, salinidade, pH, oxigénio dissolvido, profundidade do disco de Secchi e coeficiente de extinção, nitratos, nitritos, fosfatos, clorofila a e faeofitina, com base na sua monitorização mensal, em 8 estações de amostragem, preia-mar e baixa-mar, em águas sub-superficiais, de Abril de 1995 a Julho de 1997. São descritos os padrões de distribuição espacio-temporal e mareal do zooplâncton nas taxocenoses de dimensão superior a 200 µm e 335 µm. O zooplâncton foi recolhido mensalmente, de Abril de 1995 a Abril de 1996, numa rede longitudinal de 8 estações, em preia-mar e baixa-mar de marés vivas. As faunas suprabêntica e macrozooplanctónica Peracarida crepuscular foram amostradas mensalmente entre Julho de 1996 e Junho de 1997. Foram recolhidas amostras quantitativas, com uma rede de colheita suprabêntica (500 µm), em baixa-mar de marés vivas, e com uma rede de colheita de zooplâncton (500µm), em preia-mar de marés vivas e durante o período crepuscular, em estações localizadas a intervalos regulares. Foi efectuado um inventário das espécies macrozooplanctónicas Peracarida tendo sido identificadas 15 Isopoda, 14 Mysidacea, 18 Amphipoda e 3 Cumacea; as ordens Tanaidacea e Eucarida Euphausiacea surgiram representadas por uma única espécie cada. As comunidades suprabênticas foram identificadas mediante uma técnica estatística multivariável de classificação divisiva, tendo sido comparadas a densidade e a biomassa das espécies dominantes em cada comunidade e entre comunidades assim como a sua composição específica e diversidade. A diversidade foi mais elevada na embocadura do estuário, onde a densidade e a biomassa foram inferiores, diminuindo para montante, onde a densidade e a biomassa atingiram valores máximos. Os padrões espaciais dominaram sobre os padrões temporais. Mesopodopsis slabberi (Van Beneden) é a espécie mais abundante dos Mysidacea encontrados no estuário do rio Mondego, representando um importante nível trófico da ecologia do estuário. São descritas a distribuição espacial, abundância sazonal, ciclo de vida, e produção de M. slabberi. Os indivíduos de M. slabberi foram recolhidos, utilizando redes de arrasto sub-superficial, durante o período crepuscular e preia-mar, e redes de fundo, durante o dia e em baixa-mar, com malhagens de 335 µm e 500 µm, respectivamente, no período de Julho de 1996 a Julho de 1997. As relações morfométricas em Mesopodopsis slabberi foram determinadas a partir de espécimens frescos. Foram obtidas correlações positivas significativas entre o comprimento total (CT) e o comprimento da carapaça (CC) (CT = 2.5 CC + 0.012) e entre o peso seco (PS) e o comprimento total (LnPS = 3.0298 LnCT - 6.0229). A produção anual de M. slabberi foi estimada pelo método da coorte média de HYNES. A produção anual foi de 16,02 mg.m-3 ano-1, e a proporção de P/B foi 2,57. Foi ainda estudada a variação temporal da composição bioquímica (proteínas, hidratos de carbono, quitina, lípidos, fosfolípidos e colesterol) em M. slabberi, entre Outubro de 1996 e Julho de 1997. Foram determinadas diferenças na composição relativa (percentagem relativa ao peso seco total), para os componentes bioquímicos estudados, entre fêmeas, machos e juvenis, e ao longo do período de amostragem (variações mensais). A análise estatística dos resultados revelou diferenças significativas na composição bioquímica de M. slabberi ao longo do ano e, também, entre juvenis, fêmeas e machos ao nível de cada mês. A disponibilidade trófica e o estado reprodutivo parecem ser os principais processos que influenciam os padrões sazonais da variação da composição bioquímica. As implicações ecológicas, em termos de estado nutricional, ciclo reprodutivo e dinâmica populacional destes organismos são discutidas.
Descrição: Tese de doutoramento em Biologia (Ecologia) apresentada à Fac. de Ciências e Tecnologia da Univ. de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/1731
Direitos: embargoedAccess
Aparece nas coleções:FCTUC Ciências da Vida - Teses de Doutoramento

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