Please use this identifier to cite or link to this item: https://hdl.handle.net/10316/15302
Title: Território e inovação : uma aplicação às regiões europeias
Authors: Oliveira, Maria Alberta Couto Cruz de 
Orientador: Reis, José
Issue Date: 17-May-2011
Citation: Oliveira, Maria Alberta Couto Cruz de - Território e inovação : uma aplicação às regiões europeias, Coimbra, 2010
Abstract: Nesta dissertação, procuram-se respostas a três questões interligadas que nos parecem relevantes para a formulação de políticas de inovação regional bem sucedidas para a Região Norte de Portugal. Antes de mais, de um ponto de vista conceptual, é necessário enquadrar a problemática da inovação no quadro teórico do pensamento territorial bem como no referencial da literatura sobre a inovação de base regional. Revela-se aqui premente a construção de grelhas de comparação sobre taxinomias do território, como a própria sugestão de conceitos que permitam aprofundar algumas realidades ainda a descoberto na literatura. No essencial, o território surge como um actor activo no processo de desenvolvimento regional, desempenhando o enquadramento institucional da actividade que sobre ele se desenvolve, sendo um referencial incontornável para o eventual sucesso de percursos de inovação. Nesse sentido, a ligação entre território e inovação tem de passar pela conceptualização evolucionista, entendida no seu sentido mais moderno, isto é, de combinação de evolucionismo e institucionalismo. A problematização dos sistemas regionais de inovação é enriquecida quando se segue este percurso de análise, que ao mesmo tempo constitui referência fundamental para as questões subsequentes. Tendo em mente um quadro evolucionista e institucionalista de referência, desenvolve-se nesta dissertação uma aplicação a este domínio das técnicas econométricas mais adequadas, designadas por evolumetrics na Escola de Augsburg. O propósito central, sendo a Região Norte inserida no quadro mais amplo das regiões da UE, passa por compreender se de facto existe uma heterogeneidade regional em matéria de inovação na Europa, e os factores determinantes dessa heterogeneidade. A questão da existência é resolvida mediante o mapeamento de índices de eficiência técnica no v processo de inovação, obtidos por uma metodologia não paramétrica, constatando-se a relevância do abandono do paradigma do agente representativo. De facto, a diversidade ao nível na inovação regional que caracteriza a UE permite quando muito identificar regiões com características semelhantes, mas nunca uma região tipo, tal a disparidade dos indicadores de eficiência. No que se refere à identificação de factores explicativos, usamos um modelo de regressão de quantis para dados de contagem, que aplicado ao caso vertente, nos permitiu compreender a importância diferenciada das variáveis determinantes no sucesso da inovação no quadro das diversas regiões europeias. As variáveis usadas e os resultados validam ainda considerações de natureza institucionalista: o enquadramento institucional torna-se variável ao longo dos diversos patamares de sucesso da inovação. Nesta análise foi-nos dado constatar que, não só a Região Norte de Portugal se situa num patamar de pequeno relevo a nível de capacidade de inovação, como existem debilidades estruturais no quadro de regiões em que se insere. Finalmente, centrando a atenção nesse estudo de caso que constitui a Região Norte, e utilizando quer entrevistas directas, quer inquéritos por questionário, procuramos uma caracterização do Norte em termos de um dos mais populares instrumentos de política de inovação regional: os Parques de Ciência e Tecnologia. Após o desenvolvimento de uma taxinomia específica para os parques e a caracterização do ambiente envolvente da inovação em Portugal, analisamos então os dados recolhidos nos parques da Região Norte, junto das empresas que os integram. Torna-se claro que a inovação regional é estrangulada nestes parques por factores que dependem claramente de um deficiente desenho institucional. A sobreposição de parques com funções idênticas num tecido industrial pouco baseado na inovação e a ausência de agências de vi capital de risco nos parques financiando os projectos inovadores, são dois elementos que merecem destaque na explicação dessa deficiência. Por outro lado, a mencionada proliferação de parques é um sub-produto da inexistência de níveis de coordenação política intermédios entre as autarquias e o Governo, que resulta na ausência de uma visão especificamente regional, com custos para o estabelecimento em qualquer parque da necessária massa crítica. O que sem dúvida preside a outro dos problemas identificados, em co-responsibilidade com a ausência no parque de uma gestão de topo efectivamente qualificada: o não estabelecimento nos parques de parcerias informais entre as empresas, troca de conhecimentos tácitos sobre produtos e tecnologias inovadoras, etc. Em suma, o desenho dos parques na Região Norte não favorece um efectivo networking.
Description: Tese de doutoramento em Economia (Planeamento e Economia Regional) apresentada á Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra
URI: https://hdl.handle.net/10316/15302
Rights: openAccess
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FEUC- Teses de Doutoramento

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