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https://hdl.handle.net/10316/116092
Title: | Reformulação do APGAR Familiar de Smilkstein | Other Titles: | Reformulation of the Family APGAR by Smilkstein | Authors: | Abreu, Marta Silva Trinidad Ferraz de | Orientador: | Duarte, Carlos Alexandre de Seiça Cardoso Santiago, Luiz Miguel de Mendonça Soares |
Keywords: | FAMILY FUNCTION; FAMILY APGAR; WEAKNESSES; ADJUSTMENT; FUNCIONALIDADE FAMILIAR; APGAR FAMILIAR; FRAGILIDADES; ADAPTAÇÃO | Issue Date: | 15-Dec-2023 | metadata.degois.publication.title: | Reformulação do APGAR Familiar de Smilkstein | metadata.degois.publication.location: | FMUC | ARS Centro | Abstract: | Introduction: A functional family has been systematically associated with greater quality of life and, therefore, with better health outcomes. This is why it is very important to evaluate families in the Primary Health System. Family physicians should try to identify and solve family problems, every time those seem to affect the patients’ global health. The most used scale, in Portugal, to evaluate family function is The Family APGAR, by Smilkstein. This scale has been created in 1978 and, since then, it has never been reviewed. Many studies warn that the scale might be inadequate to evaluate the nowadays families.Objectives: Identify the problems of the Family APGAR. Create a scale that try to mitigate those problems and test it, in nowadays society, to understand its sensitivity to detect dissatisfaction with family function.Methods: The study has been divided in three phases. All the phases took place in Primary Care Units and were conducted by interviews to patients after an appointment with their family doctor (since December 2022 until July 2023). Firstly, we apply a questionary to identify problems regarding to the comprehension and capacity to answer the Family APGAR. We also try to identify family issues that are not addressed by this scale. Based on the founded results, we create a new scale (the GDCCSP) and pre-tested it, searching for comprehension problems. Finally, we apply to a new group the Family APGAR, the GDCCSP and a numerical scale measuring the Satisfaction with the Family Function. We also collect data about gender, age, education level, household members and earned income. Then we performed factorial analysis and correlations studies.Results: In the first phase we interviewed 53 patients. Some of them felt it was hard to understand or answer some of the questions of the Family APGAR. 42,3% felt the need of another response hypothesis and 38% identify a family issue that was not evaluated by the scale. The main family issues were grouped by categories: financial management, dedication, communication, crises, health and participation that support the design of the new scale. In the pre-test study no comprehension problems were register among the 11 interviewed patients. The final study of comparison between scales enrolled 55 new patients. The Kaiser-Meyer- Olkin and Bartlett tests showed that factorial analysis was suited. Two factors of the new scale explained 52,72% of the variance. GDCCSP had a Cronbach alfa of 0,712 and a significant correlation to the satisfaction with family function of 0,574. The Family APGAR had an alfa of 0,706 and a significant correlation with the satisfaction with the family function of 0,432. The GDCCSP showed stronger power since its results did not vary according to the sociodemographic variables studied (gender, age, education, household members, and income).Discussion: We identify several family issues in nowadays society, that are not evaluated by the Family APGAR. The new scale showed good comprehensible performance. In the comparison study of the scales, GDCCSP showed a better internal consistency, a stronger correlation with the satisfaction with family function and a greater result stability, since the answers did not vary according to the studied variables.Conclusion: It seems like financial management, dedication, communication, crises, health and participation are factors that influence the satisfaction with the family function on nowadays society. These issues are not evaluated or are just partially approached by the Family APGAR, being that a factor that can affect the power of the scale when applied to the modern society. Despite the need to carry out further studies and the need to make some adjustments, the new scale shows promising results and might contribute to a change in the way families are evaluated in the Primary Care System. Introdução: Uma família funcional tem sido sistematicamente associada a maior qualidade de vida e, consequentemente, a melhores consequências em saúde. A avaliação das famílias, em contexto de Cuidados de Saúde Primários e, sobretudo da Medicina Geral e Familiar, tendo em vista a identificação e eventual resolução de problemas, sempre que estes se verifiquem, é arsenal a utilizar. Uma das escalas mais utilizadas em Portugal para este fim é o APGAR Familiar de Smilkstein. Escala criada em 1978, não sofreu desde tal data atualizações. As suas aparentes fragilidades e desadequação para avaliar as famílias da sociedade moderna motivaram este trabalho.Objetivos: Identificar as fragilidades do APGAR Familiar, criar uma escala alternativa e testá- la para perceber a sua sensibilidade na deteção de insatisfação com a funcionalidade familiar, na sociedade atual.Métodos: O estudo foi dividido em três fases, todas elas realizadas em Centros de Saúde da ARS Centro, com entrevista de utentes, após consultas com o seu médico de família (de dezembro de 2022 a julho de 2023). Numa primeira fase, aplicou-se um questionário acerca da compreensibilidade do APGAR Familiar e das suas limitações, procurando dificuldades de compreensão e resposta, bem como de problemas familiares não abordados pela escala APGAR Familiar. Com base nos resultados, foi elaborada a nova escala, o GDCCSP, e realizou-se um pré-teste com vista à identificação da dificuldade de compreensão das novas questões. Por último, aplicou-se o APGAR Familiar, o GDCCSP e uma escala numérica de Satisfação com a Funcionalidade Familiar a um outro conjunto de utentes, com análise fatorial e estudo correlacional. Neste último grupo recolheu-se, ainda, informação acerca do sexo, idade, escolaridade, agregado familiar e rendimento.Resultados: Na primeira fase do estudo foram entrevistados 53 utentes, tendo-se registado alguma dificuldade de compreensão e de resposta ao APGAR Familiar. Para 42,3% dos participantes foi sentida a necessidade de haver outra hipótese de resposta e 38% identificou problemas familiares não abordados pela escala. Os principais problemas apontados foram agrupados por categorias: Gestão financeira, Dedicação, Comunicação, Crise, Saúde e Participação, com base nas quais foi construído o GDCCSP. Na fase de pré-teste, desta nova escala, foram inquiridos 11 utentes e não foram identificados problemas de compreensão. O estudo final de comparação das escalas contou com a participação de 55 novos utentes. O teste de Kaiser-Meyer-Olkin e esfericidade de Bartlett mostraram adequação para análise fatorial. Dois componentes da nova escala explicam 52,72% da variância de respostas. O GDCCSP apresentou alfa de Cronbach de 0,712 e correlação com a satisfação familiar estatisticamente significativa de 0,574. O APGAR Familiar apresentou alfa de 0,706 e correlação com a satisfação com a funcionalidade familiar significativa de 0,432. O GDCCSP apresentou maior poder uma vez que as suas respostas não variaram consoante as variáveis sociodemográficas em estudo (sexo, idade, escolaridade, agregado familiar e rendimento).Discussão: Foram identificados vários problemas familiares, característicos das sociedades modernas, não avaliados pelo APGAR Familiar. A nova escala criada mostrou boa performance em termos de compreensibilidade. Quando feita a análise de comparação das escalas, o GDCCSP mostrou ter maior consistência interna e correlação mais forte com a autodeclarada satisfação com a funcionalidade familiar, demonstrando, também, maior estabilidade de resposta em função das variáveis estudadas.Conclusão: Verificou-se que a Gestão financeira, Dedicação, Comunicação, Crise, Saúde e Participação são, potencialmente, fatores que afetam a satisfação com a funcionalidade familiar na sociedade atual. Estes problemas não são avaliados ou são avaliados apenas de forma parcial pelo APGAR Familiar de Smilkstein, podendo tal condicionar o poder da escala na atualidade. Embora sejam necessários mais estudos e alguns ajustes, a nova escala criada apresenta resultados promissores e poderá contribuir para uma mudança na forma de avaliar as famílias ao nível dos Cuidados de Saúde Primários. |
Description: | Trabalho Final do Mestrado Integrado em Medicina apresentado à Faculdade de Medicina | URI: | https://hdl.handle.net/10316/116092 | Rights: | openAccess |
Appears in Collections: | UC - Dissertações de Mestrado |
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