Preservação da fertilidade em mulheres jovens com carcinoma da mama

Abstract

Breast cancer in young women is rare, however its incidence increased over the last years. Its prognosis is unfavourable and triple negative breast cancer (TNBC) is the most frequent subtype in young women.Breast cancer treatment has an impact on women's fertility. According to scientific evidence of metaanalyse with seven studies in young women with breast cancer, anti mülleriana hormone values (AMH), a sensitive marker of ovarian reserve, decrease significantly after chemotherapy. Chemotherapy toxicity manifests itself in premature ovarian failure. Endocrine therapy with tamoxifen for five or ten years induces amenorrhea because it interferes with the concentration of gonadal steroids .Informing all women,before starting the treatment, about the available fertility preservation strategies is important. An individualised and multidisciplinary follow-up with psychological support is also important and advisable. Among the methods of fertility preservation in the context of breast cancer, oocyte and embryo cryopreservation are safe and effective techniques. The cryopreservation of ovarian tissue can be used in specific situations.Gonadotropin releasing hormone agonist (aGnRH) to suppress their ovaries and preserve ovarian function is avaiable to all young women during chemotherapy. It aims to preserve ovarian function and does not replace existing fertility preservation strategies.In vitro maturation is an experimental fertility preservation technique with unfavourable results.

O carcinoma da mama nas jovens é raro. No entanto, a sua incidência aumentou no decorrer dos últimos anos. Carateriza-se por um prognóstico mais desfavorável, sendo o triplo negativo (TNBC) o subtipo mais frequente. A terapêutica dirigida ao carcinoma da mama afeta a fertilidade da mulher. À luz da evidência científica de uma meta análise de 7 estudos em mulheres com carcinoma da mama, os valores da hormona anti mülleriana (HAM), um marcador sensível da reserva ovárica, diminuíam significativamente após a quimioterapia. A toxicidade da quimioterapia reflete-se numa insuficiência ovárica prematura. A hormonoterapia com tamoxifeno, administrada durante 5 a 10 anos, induz amenorreia ao interferir nas concentrações das hormonas sexuais da mulher. Recomenda-se que antes do início do tratamento, se informem todas as mulheres relativamente às estratégias de preservação da fertilidade disponíveis. Aconselha-se um acompanhamento individualizado e multidisciplinar que inclua apoio psicológico. Entre os métodos de preservação da fertilidade, em contexto de carcinoma da mama,destacam-se a criopreservação de oócitos e de embriões que são técnicas seguras e eficazes.A criopreservação de tecido ovárico destina-se a situações específicas.A supressão ovárica com gonadotropin releasing hormone agonist (aGnRH) realiza -se em todas as mulheres durante a quimioterapia. Pretende preservar a função ovárica e não substitui as estratégias de preservação da fertilidade existentes. A maturação in vitro constitui uma técnica de preservação da fertilidade experimental com resultados desfavoráveis.