Validação de um programa de estimulação cognitiva num grupo de adultos idosos.

Abstract

A população das pessoas mais velhas tem vindo a aumentar nos últimos anos e prevê-se que continue a aumentar substancialmente tanto em Portugal como no resto do mundo. Ao tornar-se um desafio social, consequentemente, tem despertado um maior interesse nas áreas de investigação da saúde e da promoção do bem-estar. Esta população está mais predisposta a doenças neurodegenerativas, que podem levar a alterações a nível da funcionalidade da pessoa. Devido a esta maior prevalência de doenças neurodegenerativas, é necessário que os profissionais que trabalham nesta área se capacitem de estratégias e ferramentas para retardar/abrandar o processo de declínio cognitivo. Por outro lado, é importante, também, evidenciar o impacto que sintomatologia depressiva tem na população das pessoas mais velhas, potenciando situações de isolamento social, por exemplo. Neste sentido surgem as intervenções envolvendo a estimulação cognitiva onde o adulto idoso é convidado a participar em grupo onde são trabalhadas as várias áreas do funcionamento neurocognitivo bem como providenciando momentos de interação social impactando, desta forma, também a sintomatologia depressiva e o isolamento social. É imperativo que os profissionais se dotem de estratégias capazes de potenciar o envelhecimento ativo e assim, promover o bem-estar e a qualidade de vida. Esta investigação teve como principal objetivo validar um programa de estimulação cognitiva em grupo confirmando assim o seu impacto e importância na promoção do bem-estar e prevenção do declínio cognitivo na população idosa.

The population of older people has been growing in recent years and is expected to continue to increase substantially both in Portugal and worldwide. By becoming a social challenge, it has consequently aroused greater interest in the areas of health research and well-being promotion. This population is predisposed to neurodegenerative diseases, which can lead to changes in the person's functionality. With this higher prevalence to neurodegenerative diseases, it is necessary that professionals working in this area are trained in strategies and tools to slow down the process of cognitive decline. Nevertheless, it is also important to highlight the impact that depressive symptoms have on the population of older people, enhancing situations of social isolation, for example. In this context, interventions involving cognitive stimulation arise where the older adult is invited to participate in a group where the various areas of neurocognitive functioning are worked on as well as providing moments of social interaction, therefore also impacting depressive symptoms and social isolation. It is imperative that professionals provide themselves and their work response with strategies capable of enhancing active aging and consequently promoting well-being and quality of life. The main objective of this research was to validate a group cognitive stimulation program, thus confirming its impact and importance in promoting well-being and preventing cognitive decline in the elderly population.